14 de agosto de 2025

Brasil registra primeira morte relacionada à varíola dos macacos

Redação

Publicado em 29/07/2022 16:25

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varíola dos macacos – foto: freepik

O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte relacionada à varíola dos macacos no Brasil. Em nota, a pasta informou que a vítima era um homem, de 41 anos, que já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.

Conforme o ministério, o homem, cujo nome não foi divulgado, estava hospitalizado em um hospital público de Belo Horizonte, onde sofreu um choque séptico, agravado pela varíola dos macacos. O ministério ressaltou que “a causa do óbito foi o choque séptico”.

Também em nota, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais reiterou que o paciente, que residia na capital mineira, já estava internado devido a “outras condições clínicas graves”.

DADOS 

Até a tarde desta quinta-feira (28), o Brasil já contabilizava 978 casos confirmados da varíola dos macacos. Até então, os casos estavam concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15).

Na última segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde(Sesapi) divulgou que “está reforçando junto aos municípios a vigilância epidemiológica contra a ‘monkeypox’ (varíola dos macacos), além de alertar para a importância do diagnóstico diferenciado dos casos suspeitos para a confirmação ou descarte da doença”.

A coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, reforça que a presença de casos confirmados em estados vizinhos ao Piauí acende mais um alerta.

“Nós também já estamos entrando em contato com os nossos municípios que fazem fronteira com Ceará, Bahia e Pernambuco, por que são estados vizinhos que já possuem casos confirmados, e que existe um fluxo tanto de entrada como saída para esses estados através dos municípios, logo é preciso uma vigilância mais forte nestes locais”, diz Amélia Costa.

varíola dos macacos – foto: freepik

A DOENÇA 

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A decisão foi tomada com base no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional.

Especialistas a classificam como uma doença viral rara, transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessário o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

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