
Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
Com a expectativa dos lojistas de aumento nas vendas de produtos para o dia das crianças, o comércio de Teresina vai funcionar amanhã, quarta-feira (12), feriado de Nossa Senhora Aparecida. No entanto, os comerciantes estão preocupados em ficar no prejuízo devido à baixa quantidade de ônibus circulando pela cidade.
A Prefeitura de Teresina prometeu que 70% da frota estará circulando no feriado, o que corresponde a 191 ônibus nas ruas. O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindilojas-PI) busca a recuperação dos efeitos da pandemia na economia local, mas teme que a falta de ônibus comprometa essa estratégia.
“Infelizmente, nós nos deparamos com essa situação hoje do transporte coletivo. Então esse é um receio nosso nesse momento: montar toda essa estrutura e não ter público dentro das lojas. Nós tivemos esse problema em relação aos nossos empregados. Já negociamos e estamos pagando [o vale-transporte] em dinheiro, para que eles possam vir em qualquer modalidade, quando não tiver o transporte coletivo. Mas o consumidor nós não temos como fazer essa situação de trazer ele para cá. O embate a Prefeitura de Teresina e o Setut prejudica não só o lojista, mas toda a população”, disse o presidente do Sindilojas, Tertulino Passos.
A crise no transporte coletivo já perdura há três anos. Recentemente, o Palácio da Cidade anunciou que busca um apoio financeiro dos governos federal e estadual para reduzir o impacto das gratuidades no sistema.
A União já assegurou R$ 7 milhões até dezembro e o Estado acenou com um aporte de R$ 1 milhão por mês também até o final do ano.
“Dr. Pessoa teve uma conversa com a governadora Regina Sousa, para saber como nós faríamos para que o estado, o município e o governo federal estivessem juntos buscando uma solução para isso, para que entrássemos no próximo ano numa situação mais estabilizada, mais resolvida. A governadora foi muito solícita e afirmou estar disposta a colaborar. Ficamos de ter essa semana uma reunião entre mim e o Antônio Neto [secretário estadual de Governo] e os dois procuradores – do município e do estado – para que criássemos a fórmula jurídica que permitisse o estado também aportar em algum recurso”, declarou o secretário municipal de Planejamento, João Henrique Sousa. Segundo ele, as gratuidades que seriam bancadas pelo Governo do Estado seriam de alunos da rede estadual de educação e policiais.
Enquanto o acordo não é formalizado, a situação permanece na mesma para o usuário do transporte e as queixas nas paradas de ônibus continuam.
“Tem vez que a gente tem sorte aí na hora que chega [na parada], pega logo o ônibus. Às vezes, passa meia hora, uma hora, depende. A gente vem porque é o jeito, porque precisa mesmo e quem não tem transporte próprio tem que depender do transporte público ou do ligeirinho”, relatou uma passageira que preferiu não se identificar.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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