
Os representantes municipais de Redenção de Gurguéia, no Piauí e o representante da empresa responsável pela água e esgotos da cidade foram notificados com recomendação do Ministério Público do Piauí (MPPI) para corrigir a situação da água distribuída aos moradores.
De acordo com o órgão, uma análise realizada no povoado Palestino, localizado na zona rural do município, constatou a presença de coliformes totais, turbidez (medida da transparência de um líquido) acima do limite máximo e o valor do cloro abaixo do limite mínimo recomendado pela Portaria de Consolidação Nº 05/2017 do Ministério da Saúde.
Além disso, o promotor responsável pela medida considerou que o fornecimento de água no povoado Palestino fora dos padrões de potabilidade, é um problema recorrente, pois o relatório da análise na amostra de água coletada ainda em 2021, já havia apontado a presença de coliformes totais e cloro abaixo do recomendado.
Diante disso, o MPPI resolveu expedir recomendação ao Prefeito de Redenção do Gurguéia, ao Secretário Municipal de Saúde, assim como ao Presidente da Companhia municipal de Águas e Esgotos, para que nas atividades relacionadas à produção, transformação, distribuição ou comercialização de água potável, seja implantado o tratamento em todos os poços subterrâneos utilizados para o abastecimento, em especial no povoado Palestino, a fim de prevenir possível ocorrência de danos à saúde pública.
O MPPI afirma que este tratamento deve assegurar que a água fornecida para consumo humano contenha concentração mínima de cloro residual livre em toda a extensão do sistema de distribuição, segundo o estabelecido na Portaria de Consolidação nº 05/2017 do Ministério da Saúde.
O órgão ministerial recomenda ainda que sejam realizadas inspeções sanitárias, imediata e periódicas, com informações sobre o controle da qualidade da água nos sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água do município de Redenção do Gurguéia. Os relatórios com os resultados dessas visitas técnicas devem ser encaminhados à promotoria, no prazo de 30 dias.
A recomendação foi expedida nesta terça-feira (25) pela 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus. O documento é assinado pelo promotor de Justiça Márcio Giorgi Carcará, que está respondendo pela 2ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus. O promotor fixa o prazo de 10 dias para que os destinatários se manifestem sobre o recebimento da recomendação.