
O Sindicato dos Proprietários Autônomos de Transportes Alternativos de Passageiros do Estado do Piauí (Sintrapi) está dialogando com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) para tentar trazer de volta as linhas do serviço alternativo em Teresina.
Segundo o presidente do Sintrapi, Trajano Paulo Saturnino, o transporte está pronto para retornar às atividades, mas é preciso uma garantia para manter os custos.
“Estamos com mais de um ano parados, cada um dos permissionários seguiu seu rumo e os poucos que ficaram, como o Porto Alegre, Mocambinho, dão três viagens por dia, inclusive passando na praça Saraiva, coisa que não pode, mas estão passando para sobreviver. Estamos dispostos a fazer a nossa parte, adquirir veículos, mas para isso é preciso que a linha dê sustentação. O preço da gasolina baixou, mas do diesel não. Não podemos ter um carro rodando na linha sem saber se vai ter demanda, precisamos de uma ordem de serviço”.
Para Trajano, a garantia irá servir para que o sindicato possa financiar os veículos sem correr risco de não conseguir pagar as dívidas que vão ser formadas, como a de combustível, motorista e prestação dos carros.
“O transporte alternativo pode voltar rápido, em menos de 20 dias, estamos no ponto para voltar, mas isso depende das conversas com a Strans, precisamos ter a sustentação dos nossos custos”, comenta.
Com a compra de novos veículos, além de uma frota maior, também se terá a garantia de um serviço melhor aos passageiros que utilizam o transporte ao longo do dia.
“Só volta o transporte alternativo com novos carros, os nossos estão todos sucateados, muita gente vendeu também, então para que se traga carro tem um custo, tem o valor da parcela. Para sobrevivermos hoje, precisamos de uma linha que dê pelo menos 200 passageiros por dia. Nós já chegamos a carregar 1.000, 800, hoje nós estamos carregando 130 passageiros, com esse valor não dá para pagar, se a Strans adequar o sistema, quem ganha com isso é a população”.
O presidente também tenta dialogar sobre as rotas que poderão ser utilizadas pelas linhas, o sindicato espera poder rodar como acontecia em anos atrás. “Esperamos rodar onde a gente operava antigamente, há uns 3, 4 anos. Colocar um carro onde não tem passageiro, automaticamente significa que não teremos o poder aquisitivo de ter a sustentação dos nossos custos”, ressalta.
Em nota, a Strans enviou informou que esse pedido chegou até a superintendência de transporte, foi protocolado e deve ser encaminhada para o corpo técnico da diretoria de transporte, que vai avaliar o teor desse documento e ver essas reivindicações da categoria para ver a viabilidade.
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