
Após dois anos de realização em modelos alternativos, a tradicional Marcha Pela Humanização do Parto retorna ao seu formato convencional na Ponte Estaiada, em Teresina, às 16h para promover a reflexão e respeito aos diversos aspectos individuais, culturais e emocionais que envolvem a humanização da assistência no ciclo gestacional. O evento acontece há nova anos e convoca profissionais da saúde a participar do ato.
Nesta edição, a X Marcha Pela Humanização do Parto apresenta a proposta de conscientizar a sobre a importância da existência de uma rede de cuidados voltados às grávidas e puérperas com o tema: Pela garantia de uma rede de atenção humanizada à gestação, ao parto e ao puerpério.
DADOS MUNDIAIS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef (2019), cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por complicações relacionadas à gravidez ou ao parto em todo o mundo. Estima-se que 2,8 milhões de mulheres grávidas e recém-nascidos morram a cada ano, principalmente de causas evitáveis, configurando como um grave problema de saúde pública.
Entretanto, desde 1990, têm-se reduzido a mortalidade materna e infantil no mundo, mais notadamente, a partir dos anos 2000, quando a taxa de mortalidade infantil caiu quase 50% e as mortes maternas diminuíram em mais de 30%. Isso ocorreu principalmente devido à melhoria do acesso a serviços de saúde de qualidade. No Piauí, de 2011 a 2018, a mortalidade materna reduziu em 15%, caindo de 84,55 para 72,03.
Já a mortalidade infantil neonatal, no período de 2015 a 2018, mudou de 11,91 para 11 (a cada mil nascidos vivos), e a mortalidade infantil, de 18,33 para 17,8. Apesar dessa redução nos indicadores, os números ainda são bastante elevados, especialmente nos estados menos desenvolvidos, o que reflete as desigualdades sociais e de acesso aos serviços de saúde existentes no país.
PANDEMIA
Somando-se a isso, de acordo com dados mais recentes do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde (2022), houve um aumento acentuado no número de mortes maternas no período em que a pandemia de Covid-19 eclodiu no Brasil passando, de 57,9 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos em 2019 para 74,7 em 2020.
No Piauí essa Razão de Mortalidade Materna (RMM) chegou a 101 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos em 2020, índices preocupantes para o Estado. Válido destacar que atualmente o Brasil segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), implementando como sua principal meta atingir, no máximo, 30 mortes maternas para cada 100 mil nascidos até 2030.
CONSCIENTIZAÇÃO
A partir desses dados, a X Marcha Pela Humanização do Parto busca reforçar a necessidade de garantir às mulheres o direito ao planejamento familiar, à atenção segura, qualificada e humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Além de assegurarem acolhimento e suporte, as ações preconizadas por essa rede de apoio miram a redução da mortalidade materna e infantil e a promoção de qualidade de vida.
SOBRE A MARCHA
Realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren–PI), com o apoio de diversas instituições de ensino, entidades da sociedade civil e toda a comunidade, a X Marcha Pela Humanização do Parto acontecerá dia 19 de novembro de 2022, sábado, às 16h, na Ponte Estaiada.
Segundo a organização, “o evento já faz parte da cultura da Enfermagem teresinense, bem como de outros profissionais da Saúde e seguimentos da sociedade, acontece desde 2013. Será um momento de integração, acolhimento, informação e descontração. Participe!”
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