
Emanuel Pereira
emanuelpereira@tvclube.com.br
Basta caminhar por alguns minutos pelo centro da cidade que já é possível perceber o aumento do número de vendedores de rua. Diante do aumento no índice de desemprego e da crise econômica causada pela pandemia, houve o crescimento do trabalho informal e muitas pessoas tiveram de se reinventar para garantir o próprio sustento.
Mas nem todos os trabalhadores informais estão nesta situação por necessidade ou por falta de escolha. Existem empreendedores que encontraram, nas ruas, uma grande oportunidade para aumentar a renda e trabalhar de forma independente.
É o caso da Francieli Duarte, de 28 anos. A gaúcha é especialista em vendas nas ruas e percorre os municípios de Canoas (RS) e Porto Alegre (RS) para adoçar o paladar dos consumidores com brigadeiros de vários sabores.
A empreendedora, que já trabalhou de carteira assinada, afirma que é mais lucrativo vender doces pelas ruas.
“Já trabalhei de carteira assinada, ganhava pouco e não dava para sustentar as necessidades básicas. Foi então que decidi vender nas rua e percebi ser possível ganhar até 4 vezes mais que um salário mínimo”, disse.
Francieli soma mais de 44 mil seguidores em suas redes sociais, além de outros 2.500 alunos em todo o mundo. Mais que fotos de brigadeiros e vídeos da sua rotina, ela compartilha conhecimento e experiências para motivar outros empreendedores.
“O maior desafio de empreender na rua é estar motivado sempre, porque este trabalho depende da nossa dedicação. Em pouco mais de um ano trabalhando assim, eu conquistei mais de 2.500 alunos pelo mundo e mostro na prática que nós podemos vencer”, ressaltou.
O Portal ClubeNews também entrevistou o administrador e consultor piauiense Miguel Cavalcante para entender o crescimento das vendas nas ruas. O especialista afirma que existem riscos e vantagens ao trabalhar dessa forma.
“Por um lado, isso é bom, pois fomenta o desenvolvimento econômico, mas é preciso observar alguns itens. É muito importante que esses empreendedores sejam formalizados e atender aos critérios que se referem ao empreendimento. É importante o trabalhador ficar atento às legislações aplicadas ao seu segmento, a fim de garantir qualidade e segurança ao produto ou serviço”, destacou.
Além disso, o administrador pontua que o trabalhador de rua pode levar seu produto ou serviço até o cliente, em vez de esperar a procura pelo consumidor. Por esta razão, é essencial estar atento à armazenagem e à apresentação do trabalho.
“Como o negócio é que está próximo do cliente, é importante atender à necessidade desse consumidor. O produto deve estar bem-apresentado, pois uma boa embalagem faz toda a diferença. O vendedor de rua também pode estar vestido de forma adequada, com roupas que correspondam ao seu trabalho”, frisou.
Nesse aspecto, Francieli dá exemplo. A empreendedora criou logomarca e até adquiriu um fardamento próprio para confeiteiras.
“Os clientes já me conhecem pela minha marca e, recentemente, adquiri um fardamento para vender os brigadeiros na rua. Isso faz diferença”, finalizou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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