Um cavalo morreu estrangulado após agentes do Centro de Controle de Zoonoses de Teresina tentarem capturá-lo em uma rua do bairro Buenos Aires, zona Norte da capital. O caso ocorreu na manhã dessa quarta-feira (18) e foi registrado por populares em vídeo.

O proprietário do animal, Júlio César Santos, é carroceiro e relatou à TV Clube que saiu de casa para trabalhar e voltou por volta das 10h. Ele colocou o animal na porta da residência para se alimentar e foi buscar as filhas na escola. No entanto, nesse intervalo, o cavalo se soltou e acabou se afastando da casa.

Uma equipe do Centro de Zoonoses passou pelo local com um caminhão, viu o animal solto na rua e tentou capturá-lo. O cavalo resistiu e foi laçado pelos agentes.

“Eu cheguei por volta das 10h, porque 10h30 tenho que buscar minha filha no colégio, e deixei ele comendo na frente de casa. Ele soltou e, nas proximidades de casa, o pessoal da coletagem encontrou e, ao tentar colocá-lo dentro do caminhão, não tiveram cuidado, não souberam trabalhar”, disse o carroceiro.

Segundo o proprietário, a corda acabou enforcando o animal, que foi ao chão, entrou em convulsão e, em seguida, morreu. Nas imagens registradas pelas testemunhas, é possível ver muito sangue do animal no chão. As pessoas que presenciaram o ato questionaram no vídeo a ação dos agentes.

“Como é que vocês vão conduzir o animal dessa forma? Está certo o que vocês fizeram?”, questiona um popular na filmagem.

Júlio César tem seis filhos e relatou que o transporte de cargas é a única fonte de sustento da família.

“O certo era puxar de lado para subir a rampa e terminaram matando o cavalo, quebraram as veias dele. Não tinham equipamento para trabalhar e trabalharam errado. Era ele que me ajudava a sustentar minha família, eu trabalhava junto com ele. Quando eu queria ir em algum lugar que era longe, com meus meninos, ele servia de transporte, porque eu não tenho condição de pagar transporte”, lamentou.

O Centro de Controle de Zoonoses informou que está averiguando o procedimento realizado com o animal. O órgão afirmou também que ouviu os envolvidos e vai procurar as pessoas que presenciaram o ocorrido “para tomar providências”.

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