CMT deve acionar a Justiça se prefeitura ignorar propostas sobre transporte

Jonas Carvalho

Repórter
Publicado em 10/02/2023 16:00

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Ônibus em Teresina – Foto: Francine Dutra/ClubeNews

Os líderes dos blocos partidárias da Câmara Municipal de Teresina (CMT) se reuniram, nesta sexta-feira (10), para elaborar um documento com propostas emergenciais para solucionar o problema do transporte coletivo da capital. Segundo o presidente Enzo Samuel (PDT), caso as medidas não sejam acatadas, a procuradoria da Câmara vai protocolar uma ação judicial contra a Prefeitura de Teresina.

Dentre as exigências contidas no documento, os vereadores querem o pagamento de R$ 6 milhões ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiro (Setut) para assegurar a frota de 300 ônibus nos horários de pico e 250 nos horários normais.

O dinheiro para o custeio da proposta é assegurado por meio da emenda de R$ 80 milhões – aprovada na Casa – para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023.

“Essa reunião foi para resolver o problema de forma imediata. Para que, no máximo, em 15 dias, tenhamos ônibus nas ruas para atender toda a população de Teresina. Os processos a longo e médio prazos serão discutidos entre Prefeitura e Setut. Conseguimos com o Setut que, a princípio, não discutam a dívida e assegurem a frota”, disse Enzo Samuel.

Atualmente, segundo o Setut, 220 ônibus circulam na cidade, divididos nos períodos de maior e menor movimentações. A parcela de contribuição da Prefeitura, conforme o sindicato, seria de R$ 5 milhões por mês, mas somente R$ 800 mil estariam sendo repassados.

Representante do Setut – Vinícius Rufino (Jonas Carvalho/ Clube News)

O coordenador técnico do Setut, Vinícius Nascimento, garantiu que as atuais empresas que participam do consórcio de Teresina possuem as condições necessárias para voltar a operar normalmente na cidade. Para isso, o Município deve custear o pagamento imediato de R$ 3 milhões. Vinícius Nascimento alegou que as empresas precisam fazer reparos nos veículos antes de colocar a frota em operação.

“A gente tem um custo que precisa ser coberto e precisamos das garantias de que esses valores serão repassados e em tempo hábil. É necessário e isso foi pontuado. Precisamos de um valor antecipado. As operadoras têm frota, mas precisam fazer reajustes. O que foi falado hoje é o adiantamento de 50%”, explicou.

A minuta contendo as exigências a serem cumpridas pela Prefeitura Municipal será entregue na tarde de hoje (10) ao prefeito Dr. Pessoa (Republicanos).

Foto: Jonas Carvalho

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