O Portal ClubeNews conversou com o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa Baretta, sobre a investigação do assassinato da estudante de Medicina, Flávia Cristina Wanzeler, de 23 anos, morta a tiros, na tarde de domingo (12), na zona Leste de Teresina.
A investigação apura uma tentativa de assalto. Ela estava acompanhado do namorado, que não foi atingido pelos disparos de arma de fogo. Eles foram abordados pelos criminosos enquanto se deslocava pela Rua Alecrim, próximo à Tomaz Tajra, na altura da Avenida Homero Castelo.
O corpo da estudante já foi sepultado em um cemitério privado na zona Sudeste de Teresina. Ela morava em Parnaíba, onde cursava graduação, e estava na capital visitando familiares. As Polícia Civil e Militar estão em diligência em busca dos envolvidos no crime.
Até às 12h dessa segunda (13), três homens e um adolescente foram conduzidos ao DHPP e prestaram depoimentos.
O QUE SE SABE ATÉ O MOMENTO
LOCAL DO CRIME
O casal foi abordado pelos criminosos na Rua Alecrim, próximo à Tomaz Tajra, na altura da Avenida Homero Castelo Branco, na zona Leste de Teresina.
“Fomos acionados às 17h e o fato aconteceu, segundo o namorado dela, que também foi vítima, por volta das 13h, disse o delegado.
A jovem chegou a ser levada pelo namorado a um hospital particular, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar.
COMO ACONTECEU
Segundo o delegado Baretta, o casal se deslocava em marcha reduzida na Rua Alecrim, próximo à Tomaz Tajra, na altura da Avenida Homero Castelo.
“Eles estavam conversando para saber onde iriam almoçar naquele horário. Ele verificou que tinha um carro atrás. De repente, o carro fez a ultrapassagem e trancou ele. Dois indivíduos desceram com a arma em punho. Ele imediatamente acionou a ré, colocando para trás, mas o carro bateu no portão de uma construção e tentou se desvencilhar. Quando um dos indivíduos encostou na lateral do carro, no lado do condutor, e efetuou um disparo. Esse disparo varou o vidro, atingindo o ombro esquerdo da estudante, se alojando no tórax dela”, detalhou o delegado.
SUSPEITOS
Três homens e um adolescente foram conduzidos ao DHPP na manhã de segunda (13). No entanto, ainda não há confirmação se eles teriam participação direta ou não no crime.
A informação é de que pelo menos dois homens desceram de um veículo para abordar o casal, que estava em um carro. Não há confirmação se outras pessoas aguardavam dentro do carro usado pelos criminosos.
“Ontem mesmo nós acionamos o nosso plantão e a DH Leste. O nosso delegado e toda a sua equipe estiveram no local, colheram informações, imagens, entrevistaram pessoas. A investigação está bem adiantada e eu acredito que logo nós estaremos prendendo esses criminosos”.
CARRO DOS SUSPEITOS SERIA ROUBADO
“A investigação está bem adiantada, o carro que eles (criminosos) usavam – segundo informações – tinha sido tomado de assalto e comercializado com outro meliante. A investigação está bem adiantada e nós iremos dar uma resposta o mais rápido possível. Pode ficar certa, a família, que nós não vamos trazer essa jovem de volta, infelizmente, mas esse crime não ficará na impunidade por inércia da Polícia Civil. Chamei os investigadores do DHPP, chamei os investigadores do DH Leste para que agissem com rigor e fizessem todo o trabalho dentro da legalidade”, disse o delegado.
SUSPEITOS FUGIRAM SEM LEVAR NADA
O delegado relatou que nada foi levado das vítimas. “Não, só atiraram. Viram que ofenderam a moça. E o rapaz estava em movimento direto, fazendo movimentos dentro do carro e eles se agoniaram e foram embora”, disse.
VELÓRIO E SEPULTAMENTO
O corpo da estudante foi velado na PAX União, na zona Sul de Teresina, e sepultado no Cemitério Jardim da Ressurreição, na zona Sudeste. Amigos e familiares estiveram presentes. Eles pedem por justiça e falam de saudade.
O avô de Flávia, Abdias Sampaio, fala sobre a convivência com a neta e pede por justiça. Flávia morava em Parnaíba e cursava Medicina.
“Em Parnaíba, ela fazia Medicina. Estudava lá. Eu ia em Parnaíba porque tinha uma casa em Luís Correia. Tenho uma pousada em Barreirinhas e eu ia comprar material em Parnaíba, que era mais próximo. E eu sempre pedia o auxílio dela para que, quando ela chegasse, olhasse os produtos para mim e ficar tudo mais fácil. Era muito solícita. O que você pedisse para ela, ela fazia. Não sabia dizer não a ninguém”, disse.
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