
Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
Muitas mulheres deram início ao próprio negócio por necessidade ou porque querem estar mais próximas da família. Nesta experiência, a maioria delas já percebeu insuficiência do poder público em fomentar empreendedorismo feminino.
Basta olhar as redes sociais para notar o grande número de empreendedoras que trabalham no próprio lar. A Nacime Gonçalves é uma delas. Confeiteira há quatro anos em Teresina, ela produz bolos e doces em casa e divulga em seus perfis.
Desde o ano passado, Nacime se tornou Microempreendedora Individual (MEI) e não demostra nenhuma satisfação com o poder público. Segundo a profissional autônoma, seu negócio é gerenciado somente pela sua força de vontade.
“Sou MEI, pago a contribuição todos os meses, mas nunca me procuraram para oferecer nada. Fui atrás de tudo com o meu esposo. Sigo adiante porque a necessidade bate à porta”, disse.
A palestrante e mentora de mulheres Priscilla de Sá explica que instituições de fomento ao empreendedorismo oferecem capacitação gratuita presencial e online, mas o poder público não desenvolve políticas públicas para facilitar linhas de crédito
“É excelente ter cursos de capacitação, mas também é necessário ter dinheiro para investir. Mulheres empreendedoras precisam de crédito facilitado e ajuda para conseguir a formalização do negócio. Por isso, o Brasil tem um longo caminho pela frente para viabilizar o empreendedorismo feminino”, declarou.
Nacime reforça que, enquanto não houver incentivos e benefícios fiscais às mulheres de negócios, empreender será uma necessidade, não uma escolha.
“Empreender no Brasil é um ato de coragem, porque não recebemos quase nenhum apoio do poder público. Empreendemos porque é preciso e pelo amor ao nosso trabalho”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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