29 de julho de 2025

Empreender em família: empresária faz geleias com pimentas e frutas plantadas no “Caribe”

Emanuel Pereira

Publicado em 21/04/2023 11:00

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Geleias artesanais (Foto: reprodução/Instagram @geleiasdocaribe)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

A empresária Layane Castro ativou sua visão empreendedora quando sua irmã, Larice, chegou da França para visitar os familiares, residentes em um sítio no município de Piracuruca (PI).

Ao se deparar com a grande colheita de pimentas no terreno, elas tiveram a ideia de produzir geleia para comer com churrasco. Apesar da primeira receita não ter correspondido às expectativas das irmãs, este foi o início de um empreendimento, que conquistou o paladar de muitos piauienses com o sabor de frutas e pimentas cultivadas na horta no “Caribe”.

O fato ocorreu em 2013, durante nasceu Isabela, primeira filha de Layane. Ela precisava de mais recursos e sabia que a cozinha do sítio poderia se tornar uma excelente fonte de renda.

Então, ela tomou a iniciativa de fazer a geleia de pimenta, com o incentivo da irmã e inspirada na mãe, dona Socorro, que sempre produziu vários tipos de doces.

“Estávamos no meio da plantação colhendo os frutos e minha mãe questionou o que iríamos fazer com tanta pimenta. Larice sugeriu fazer uma geleia para comer, só que não sabíamos exatamente como produzir. Mesmo assim, nós arriscamos e tentamos reproduzir como mamãe fazia com os doces de frutas”, disse.

A tentativa não deu certo devido à inexperiência das irmãs, mas a vontade de aprender era maior que o sentimento de frustração. Por isso, elas recorreram à tecnologia para pedir ajuda na França.

“Larice lembrou que sua vizinha, dona Marie Blanche, fazia uma geleia saborosa. Nós ligamos pelo Skype e ela, gentilmente, ensinou todo o processo de produção”, pontuou.

Quando finalmente acertaram a receita, a família arriscou testar novos sabores com as frutas colhidas no próprio sítio. Agora, o negócio disponibiliza nove tipos de geleias aos consumidores.

Seu Arnaldo e Dona Socorro são proprietários do sítio onde as geleias são produzidas (Foto: arquivo pessoal)

O CARIBE

O pai de Layane concedeu o nome de um lugar paradisíaco ao sítio da família, localizado próximo à barragem do Rio Piracuruca. O “Caribe” desperta afáveis lembranças na empreendedora.

“Quando as pessoas perguntavam onde meu pai estava, ele amava dizer que estava no Caribe. Elas respondiam que papai era ‘muito chique’. Ele dava muitas risadas”, recordou.

Layane deu, à empresa, o mesmo nome do sítio, para que muitos piauienses tenham a chance de saborear uma geleia produzida no “Caribe”.

Sítio Caribe (Foto: arquivo pessoal)

FAMÍLIA UNIDA

Além dos pais, a empreendedora conta com o apoio do seu esposo, Paulo, responsável pelo marketing, embalagens e rotulagem dos produtos.

A atividade se tornou ainda mais indispensável durante a pandemia da Covid-19, quando ela deu à luz Olívia, sua segunda filha. Layane fez novos testes e colocou novos tipos de geleia no menu.

Ela ressalta que os produtos são diferenciados, pois cada sabor possui um significado.

“A de maracujá foi a receita base ensinada pela dona Marie, enquanto a de maçã está no menu após eu produzir uma geleia especialmente para minha irmã. Meu pai, um grande apreciador de cachaça, foi homenageado com uma geleia de caipirinha”, pontuou.

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*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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