Acidente com Marília Mendonça não foi por falha do piloto nem da aeronave, diz advogado da família

Advogado da família da cantora disse que acidente com avião não foi causado por falha do piloto nem da aeronave. Cenipa ainda não divulgou documento publicamente.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apresentou o relatório sobre o acidente aéreo que provocou a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, entre eles, o piloto, Geraldo Medeiros, que era piauiense.

De acordo com o advogado da família da artista, Robson Cunha, o acidente não foi causado por erro do piloto e nem por falha da aeronave. “De modo geral, o Cenipa entende que não houve nenhum erro do piloto. Atitudes tomadas fora do plano de voo não são erradas”, disse Robson Cunha.

Segundo o advogado da família de Marília Mendonça, um cabo de energia é apontado como o principal causador do acidente, mas é preciso esperar a conclusão do inquérito realizado pela Polícia Civil. 

Cunha disse ainda que o piloto da aeronave “fez tudo dentro da regularidade”. Entretanto, o relatório do Cenipa divulgado no começo da noite aponta que o julgamento do piloto no momento da aproximação da aeronave para o pouso contribuiu para o acidente.

Segundo o relatório, “houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada

As investigações do Cenipa não buscam apontar causas, culpados ou responsáveis pelos acidentes aéreos. O objetivo é evitar que acidentes se repitam.

O representante da família de Marília Mendonça afirmou que a partir do relatório do Cenipa, o indicado é que sejam colocados identificadores nas linhas de transmissão que passam próximo da pista em Piedade de Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, onde ocorreu o acidente.

“Ainda que esteja fora do perímetro de segurança do aeroporto, para evitar novos acidentes”, aponta o advogado.

Robson Cunha explica que o trabalho do Cenipa não visa acusar, mas, sim, indicar os responsáveis e “criar ambiente” para que situações, como a que ocorreu com a cantora, sejam evitadas.

O piauiense Geraldo Medeiros, era o piloto do avião com a cantora Marília Mendonça- Registro dele com a filha (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O ACIDENTE: No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave que transportava a equipe da cantora caiu em Piedade de Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

Tratava-se de um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, com capacidade para seis passageiros.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. Ele decolou do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia (GO), às 16h02min. O grupo voava em direção à cidade de Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.

Além de Marília Mendonça, morreram Geraldo Medeiros (piloto), Tarciso Viana (copiloto), Henrique Ribeiro (produtor) e Abicieli Silveira Dias Filho (tio e assessor da artista). A cantora partiu aos 26 anos, no auge da carreira, deixando o pequeno filho Leo.

Os cinco ocupantes da aeronave foram vítimas de politraumatismo contuso, de acordo com o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos. As mortes aconteceram depois que todos já estavam no chão.

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Fonte: G1


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