Nesta quinta-feira (18), é o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, porém os dados da Prefeitura de Teresina relacionados a esse tema apontam um aumento de 53% no número de casos de violações de direitos das crianças e adolescentes.
Entre eles, o abuso sexual, que somente entre janeiro a março deste ano foram registrados 63 casos na capital.
De acordo com a Irmã Denise Morra, coordenadora geral do Comitê Piauiense Contra o Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, o principal foco de trabalho contra esses crimes é a base da família, e para isso as Políticas Públicas devem atingir todas as camadas da sociedade.
“As políticas públicas tem que atingir as famílias, principalmente as das periferias de todo o país. Quando a gente fala de fortalecimento da família, estamos falando de fortalecimento da educação, saúde, assistência social, pois é dever da família, do Estado e da sociedade civil a proteção de crianças e adolescentes”, destaca.
Visando coibir o aumento dos casos de violações de direitos das crianças e adolescentes, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí instituiu a criação de coordenarias voltadas para públicos específicos, no sentido de garantir ações de prevenções mais específicas e eficazes.
“Lançamos na última segunda-feira (15) uma campanha onde já atingimos mais de 20 municípios, com o informativo ‘Não feche os olhos – faça bonito’. Estamos com várias equipes no interior para que chegue essas denúncias na Secretaria.”, afirmou Telano Nobre, coordenador da criança e adolescente da Diretoria de Defesa Social da Secretaria de Segurança.
Ainda de acordo com os dados, a maioria dos agressores e abusadores estão inseridos no seio familiar, para isso o Comitê destaca que vem trabalhando para tornar as crianças e os adolescentes conhecedores de seus direitos e protagonistas nas denúncias.
“A gente trabalha com a sociedade civil por meio dos projetos sociais e pela educação, seja pública ou privada. Nós estamos fazendo com que as próprias crianças e adolescentes sejam protagonistas para outras crianças e adolescentes, no sentido de divulgar as formas de negligência, abandono, de violência, principalmente a sexual. A gente acredita que quando uma criança denúncia para outra criança, a coisa é mais eficaz.”, ressalta Irmã Denise Morra.