
Pensando nas pessoas veganas, que não comem nada de origem animal, o cozinheiro Reginaldo Fonseca acrescentou no cardápio junino as opções adequadas ao público. “Vegetal é a base do sabor que a gente usa na cozinha; então, fica fácil substituir (alimentos de origem animal)”, diz.
O arrumadinho vegano de Reginaldo Fonseca leva uma paçoca de fibra de caju com creme de repolho, o arroz comum e o vinagrete. O cozinheiro ressalta que o creme sempre chama a atenção de quem experimenta. A receita leva milho triturado e leite de amendoim.
“Dá para saborear tranquilamente um prato assim. O sabor muda levemente porque a base como carne, às vezes, não conta muito. Por exemplo, se você comer um frango sem nada, desfiado, ele não tem gosto nenhum. Então, é só trocar a base (de animal para vegetal), assim o sabor vem de fora”, explicou o cozinheiro.
A especialista em nutrição vegetariana, Tâmara Jutglar, destaca o valor nutricional dos alimentos. “Quando conhece os grupos alimentares, a gente consegue combinar tudo um com o outro: cereal com leguminosa, verduras, frutas. Sabendo quem são, não falta nada e você pode fazer um jogo de trocas para diversificar a alimentação”, explicou.
Já alguns doces tradicionais como o pé de moleque, feito com amendoim e açúcar, já é uma receita vegana. Os bolos de milho também podem ser preparados apenas trocando o leite de vaca por leite de coco, que pode ser recheado ainda com calda de goiabada e coco ralado.
A cozinheira Mariana Araújo comentou que as adaptações ao veganismo são, na verdade, fáceis. “É basicamente trocar o leite de vaca por leite de coco. Isso no mungunzá, na canjica, no bolo de milho, que no caso também não vai usar ovo”, disse.