É comemorado nesta quarta-feira (28) o dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, a data estimula que nenhuma pessoa sinta vergonha de ser quem é. A partir disso, é importante o conhecimento do significado de cada letra representada pela sigla para haver de fato, a inclusão social por parte da sociedade.
Mas antes, é necessário entender a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual, e como esses dois termos estão ligados à sigla LGBTQIAPN+.
Identidade de gênero: tem a ver com a forma como você se apresenta na sociedade, seja mulher, homem, ou uma pessoa que não se encaixe no padrão de binaridade da sociedade, ou até mesmo sem gênero.
Orientação sexual: tem a ver com quem você prefere se relacionar: se com pessoas do mesmo gênero ou não.
A sigla que hoje conhecemos e é amplamente disseminada, já foi representada por meio das letras GLS, que significavam: gays, lésbicas e simpatizantes.
Porém, com o avançar do entendimento da pluralidade de cada indivíduo, e como ele se enxerga, hoje a sigla mais utilizada é a LGBTQIAPN+, que possui o sinal de soma para as demais orientações e a fluidez de cada ser. Confira:
L: Lésbicas – É uma orientação sexual e diz respeito a mulheres (cis gênero* ou transgênero) que se sentem atraídas afetiva e sexualmente por outras mulheres (também cis ou trans).
Cis gênero é o indivíduo que se identifica com o seu “gênero de nascença”.
G: Gays – É uma orientação sexual e se refere a homens (cis gênero ou transgênero) que se sentem atraídos por outros homens (também cis ou trans).
B: Bissexuais – Bissexualidade também é uma orientação sexual; bissexuais são pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente tanto com pessoas do mesmo gênero, quanto do gênero oposto (sejam essas pessoas cis ou trans). O termo “Bi” é o diminutivo para se referir a pessoas bissexuais.
T: Transexuais, Transgêneros, Travestis – Este é um conceito relacionado à identidade de gênero e não à sexualidade, remetendo à pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. As pessoas transgênero podem ser homens ou mulheres, que procuram se adequar à identidade de gênero. Algumas pessoas trans recorrem a intervenções médicas, que vão da terapia hormonal à cirurgia de redesignação sexual, mas isso é pessoal e não são todas as pessoas transgênero que optam por essas intervenções – até por razões financeiras.
As travestis, por sua vez, são mulheres trans que preferem ser chamadas dessa maneira por motivos políticos, de resistência, já que este termo está atrelado à marginalização das mulheres trans, que tinham como única alternativa a prostituição como modo de sobrevivência. Muitas mulheres trans se identificam atualmente como travestis justamente para tirar o estigma da palavra.
Deste modo, mulher trans é a pessoa que se identifica como sendo do gênero feminino embora tenha sido biologicamente designada como pertencente ao sexo/gênero masculino ao nascer. O homem trans é a pessoa que se identifica como sendo do gênero masculino embora tenha sido biologicamente designada como pertencente ao sexo/gênero feminino ao nascer.
Q: Queer – É um termo da língua inglesa usado para qualquer pessoa que não se encaixe na heterocisnormatividade, ou seja, que não se identifica com o padrão binário de gênero, tampouco se sente contemplada com outra letra da sigla referente a orientação sexual, pois entendem que estes rótulos podem restringir a amplitude e a vivência da sexualidade.
I: Intersexo – É uma pessoa que nasceu com a genética diferente do XX ou XY e tem a genitália ou sistema reprodutivo fora do sistema binário homem/mulher. Atualmente, são reconhecidas pela ciência pelo menos 40 variações genéticas, dentre elas XXX, XXY, X0, etc.
A: Assexual – É um indivíduo que não sente nenhuma atração sexual por qualquer gênero. Isso não significa que não possam ter relacionamentos ou desenvolver sentimentos amorosos e afetivos por outras pessoas.
P: Pansexualidade – É uma orientação sexual em que as pessoas desenvolvem atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas independentemente de sua identidade de gênero.
Não-binaridade: apesar de não constar explicitamente na sigla, é uma identidade de gênero em que as pessoas não se sentem em conformidade com o sistema binário homem/mulher, podendo fluir entre as infinitas possibilidades de existência de gênero sem seguir um padrão, performance ou papel pré-estabelecido pela sociedade.
+: demais orientações sexuais e identidades de gênero – O símbolo de soma no final da sigla é para que todos compreendam que a diversidade de gênero e sexualidade é fluida e pode mudar a qualquer tempo, retirando o “ponto final” que as siglas anteriores carregavam, mesmo que implicitamente. Os estudos de gênero e sexualidade mudam e vão continuar mudando e evoluindo, assim como qualquer outro campo das ciências.
Drag Queen – Não faz parte da sigla e se refere unicamente a uma expressão artística, podendo ser performada por mulheres ou homens, cis ou trans, pessoas fora do binarismo de gênero e totalmente independente de orientação sexual. Essa arte geralmente tende a exacerbar as características impostas ao binarismo de gênero, com performances em tom de sátira, justamente como uma crítica à sociedade.
E, ainda que não conste na sigla, o Manual de Comunicação LGBTQIAPN+, traz a definição de Aliado: “São pessoas que, na hora do confronto, estão ao lado da comunidade LGBTQIAP+, rejeitando a posição isenta ou neutra na hora de defender as suas pautas.
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Fonte: Com informações do TRT 4º região