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Raví Marques/TV CLUBE e Isadora Cavalcante*
isadora.cavalcante@tvclube.com.br
A tradicional festa de São Jerônimo é realizada no dia 28 de junho pela família Cajado de Prata, adepta da religião de matriz africana, o Candomblé. A celebração que acontece há 34 anos no Ile Asé Opasoro Fadaka, na zona Norte de Teresina, também une outra devoção, a Gamela de Xangô, o rei dos orixás.
A dirigente Ederlane de Ayrá assumiu a casa quando tinha 22 anos, após a morte de seu tio, o pai Oscar Oxalá, em agosto de 2014.
“Nós estamos cultuando Xangô, o rei dos oió, o dono da Justiça. Este é um momento impar que a comunidade de candomblé festeja em si, que vem contemplar este grande rei. É dá comida à comunidade, porque a gente prega isso, a paz e o respeito”, disse Ederlane de Ayrá.
O candomblé cultua os orixás e desenvolveu no Brasil durante o século XIX. O historiador baiano, Dofono Hunxi, que prestigiou a festa em Teresina, disse que a religião surgiu através da mistura de várias religiões.
“O candomblé é uma religião de matriz africana em diáspora com adaptações, que vem de um conceito africano. Nesse processo, ele se adaptou a questões geográficas, políticas, ao preconceito e da perseguição, e assim é afro-brasileira”, pontuou.
A festa é a porta aberta, quem chega pode acompanhar o ritual. É o momento de união, respeito e luta contra a intolerância religiosa.
“É uma forma de estar envolvendo a questão tradicional das festas juninas. Então, é muito importante para convidar as pessoas que não conhecem e fazer parte do nosso candomblé”, disse a mãe de santo Lídia de Oxum.
Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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