Carlienne Carpaso e Isadora Cavalcante
carliene@tvclube.com.br
O julgamento de Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e matar a estudante Janaína Bezerra em uma sala da Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi adiado pela segunda vez, nesta sexta-feira (1º).
A advogada Florence Rosa pontuo que os adiamentos é uma estratégia da defesa, que até o momento não se pronunciou. O espaço está aberto.
“É uma estratégia para ganhar tempo, só que, como eu disse, nós não vemos isso, apesar de prolongar o sofrimento da família que luta por justiça. O novo advogado da defesa não pôde comparecer em razão de outros compromissos profissionais. Ele se habilitou na data de ontem, salvo engano. Nós estamos com a expectativa de que seja dia 26 de setembro”, disse a advogada criminalista.
O primeiro adiamento aconteceu no dia 17 de agosto e aconteceu por falta de quórum dos jurados. “O que eles querem é adiar, adiar, para ver se a gente cansa, mas a gente não vai cansar nunca. Vamos até o fim”, comentou a irmã de Janaína, Lediane Maria.
Thiago Mayson da Silva Barbosa é acusado de estuprar e matar a estudante Janaína Bezerra em uma sala da Universidade Federal do Piauí, no dia 28 de janeiro de 2023.
A mãe de Janaína, Maria do Socorro Nunes, disse que esse segundo adiamento a destruiu por dentro, mas que irá lutar para conseguir justiça pela filha.
“Estou destruída, magoada. É uma revolta porque mais uma vez não aconteceu o que a gente queria. É um sofrimento. É uma dor. Aqui não tem justiça? É uma injustiça muito grande. Mas a gente vai ficar sempre lutando por Janaina porque Janaina era determinada, não conseguia deixar nada para trás. Minha filha, nós vamos lutar até o fim. Eu acredito em Deus. Ele tirou uma vida. Ele tem que pagar pelo que fez”, disse a mãe.
Crimes a serem julgados
Thiago Mayson foi denunciado por homicídio com duas qualificadoras: meio cruel e feminicídio; e outros três crimes: estupro de vulnerável, fraude processual e vilipêndio de cadáver. Thiago está preso na Cadeia Pública de Altos desde o flagrante, no dia do crime.
Dois pontos foram considerados agravantes: emprego de meio cruel (Janaína morreu em decorrência de uma asfixia em que teve o pescoço quebrado) e por feminicídio (considerando a condição de mulher da vítima).
O MP afirma que caso o réu seja considerado culpado, a soma das penas máximas pelos quatro crimes podem chegar a 50 anos.
Matéria em atualização.