
A procissão de Corpus Christi foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial de Teresina. O evento, que acontece anualmente 60 dias após a Quinta-feira Santa, celebra a instituição da Eucaristia e é marcado pelo cortejo dos fiéis católicos pelas ruas do Centro da cidade.
A caminhada dos fiéis é iniciada após a celebração da missa no adro da Igreja Nossa Senhora das Dores até o adro da Igreja São Benedito, na Avenida Frei Serafim.
Segundo a Arquidiocese de Teresina, a solenidade tem o intuito de “honrar a devoção à Santíssima Eucaristia, homenageando Nosso Senhor Jesus Cristo com a produção do caminho pelo qual Ele passará, conduzido pelo bispo no ostensório, fazendo memória, também, da multidão que estendia ramos e mantos para que Jesus passasse em sua entrada em Jerusalém na Semana Santa”.
O pároco da Catedral Metropolitana Nossa Senhora das Dores, padre Klebert Viana, explica que a celebração remonta aos séculos XII e XIII e manifesta publicamente a fé dos católicos na presença real de Cristo Eucarístico, sob as espécies do pão e do vinho.
“Esse é o mistério central de nossa religião. O reconhecimento como patrimônio imaterial nos alegra e orgulha, pois a tradição católica teresinense, pela prática da procissão repetida a cada ano, agora carrega essa marca”, aponta ao Portal ClubeNews.
Tapetes temáticos
O trajeto é marcado pela presença dos tapetes de Corpus Christi, que retratam símbolos da fé católica e são produzidos por membros de grupos e movimentos da Arquidiocese de Teresina.
A confecção dos tapetes para a solenidade de Corpus Christi é uma tradição iniciada em Portugal e difundida no Brasil por seus colonizadores. Ela consiste na elaboração de cenas e representações bíblicas e da fé católica com uso de materiais como serragem, sal, borra de café, areia e outros itens.
A proposição é de autoria do vereador de Teresina, Dudu Borges (PT), e foi publicada no Diário Oficial do Município, na edição de quinta-feira (14).