
Cerca de 19% dos trabalhadores piauienses estão organizados em sindicatos, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elaborada em 2022 e divulgada na sexta-feira (15).
Segundo o IBGE, esse é o maior percentual de sindicalização do Brasil. Uma década antes, o Piauí também ocupava a primeira posição do ranking entre os estados do país, com aproximadamente 23,6%.
Ao nível nacional, o número de pessoas ocupadas sindicalizadas caiu de 16,1%, em 2012, para 9,2%, registrando uma queda de 42,85%. A maior redução (71,22%) foi registrada no Amapá, que contava com 14% há dez anos e passou a ter somente 4% no ano passado.
Apesar de acompanhar a tendência, a diminuição do índice piauiense (20,33%) foi a segunda menor, inferior apenas à do Tocantins (12,01%). O indicador do estado chegou ao máximo em 2014, quando atingiu 28,1%.
Em 2022, as mulheres que pertenciam a sindicatos no Piauí representaram 22,5%, enquanto a taxa de homens alcançou 16,2%. No Brasil, os percentuais eram mais equilibrados: 9,3% e 9,1%, respectivamente.
A sindicalização no país apresenta um aumento de acordo com o nível de instrução da pessoa: 19,3% para aqueles sem instrução e nível fundamental incompleto; 35,4% para ensino médio e superior incompleto; e 35,3% para ensino superior.
Para o IBGE, o levantamento demonstra que a expansão da população ocupada nos últimos anos não se converteu em aumento da cobertura sindical.
“Esse resultado pode estar relacionado a diversos elementos, como a forma de inserção do trabalhador na ocupação, as modalidades contratuais mais flexíveis introduzidas pela Reforma Trabalhista de 2017 e o uso crescente de contratos temporários no setor público”, completou o órgão.