Cerca de 53% dos brasileiros, com idade acima dos 16 anos, creem que a situação econômica do país deve melhorar nos próximos seis meses. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ouviu 2.004 (duas mil e quatro) pessoas nas 27 Unidades da Federação, entre 14 e 19 de setembro de 2023.
De acordo com a análise, 22% da população espera que a situação piore e 21% acreditam que nada deve mudar. Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, as expectativas dos brasileiros para o comércio são “importantes”, pois esse fator “afeta” diretamente no modo consumir deles.
Robson defende que para um crescimento sustentável o Brasil deve executar uma “política industrial moderna”.
“A percepção mais positiva da população para os próximos seis meses é importante, pois afeta as decisões de consumo. Mas o Brasil precisa de política industrial moderna, focada em inovação, e da reforma tributária para atrair investimentos e crescer de forma sustentada. O crescimento econômico é essencial para aumentar a qualidade de vida da população”, afirma.
A pesquisa análise também que 24% da população tem visto o momento econômico como bom ou ótimo. Já 36% afirmam que a circunstância é regular e 38% dizem que é ruim ou péssima.
O estudo mostra ainda que a percepção referente ao assunto muda conforme a região do Brasil. Na região Nordeste do país, 32% falaram que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. No Norte e Centro-Oeste, o percentual de quem assinalou ótima ou boa caiu para 23% e a avaliação de que está ruim ou péssima subiu para 44% dos entrevistados.
No Sudeste, 20% marcaram ótima ou boa e 39% assinalaram ruim ou péssima. A pior percepção é do Sul, onde 18% da população avaliou a economia como “ótima ou boa” e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima.
Mesmo o Sul tendo avalição menos positiva, 45% diz que a situação econômica já foi “pior”. Além disso, 17% avaliaram que ela está melhor do que no primeiro trimestre.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, explica que as expectativas da população para os próximos meses é tende a estimular o consumidor.
“Na medida em que o consumidor se vê confiante na economia ele se vê confortável a fazer consumo, especialmente de bens de maior valor. Isso tende a trazer resultados positivos não só para a indústria, como para a economia como um todo”, afirma.
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