22 de outubro de 2025

Cânion do Rio Poti e Cabeça de Cuia tornam-se Patrimônio Cultural do Piauí

Publicado em 29/10/2023 18:00

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Cânion do Rio Poti e Cabeça de Cuia (Foto: Reprodução/TvClube)

 

O Cânion do Rio Poti e a Lenda do Cabeça de Cuia foram oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Piauí, após o governador Rafael Fonteles sancionar os projetos de leis nº 8.188 e nº 8.18. A regulamentação foi publicada no Diário Oficial do Estado na última segunda-feira (23).

Segundo o geólogo Sidiney Barros, tanto o Cânion quanto a lenda do Cabeça de Cuia são partes importantes da história do Piauí. Além de preservar essas memórias, a medida também visa atrair investimentos para o turismo na região.

“Preservar essa história, não só o Cânion e o local que a gente tem o acesso ambiental, mas todo trecho do Cânion, porque tem lá no início um museu a céu aberto – talvez o único em termos de extensão de rochas – que contam a história da ocupação por picoteamento”, inicia.

O rio Poti, conforme explicado pelo especialista, enfrentou várias adversidades ao longo de sua formação, representando uma riqueza geológica, ambiental, ecológica e um importante marco na expansão e ocupação humana da região.

“O Rio Poti é muito especial, riquíssimo em história geológica, ambiental, ecológica, de expansão e ocupação humana. Teresina é a única capital do Brasil com um floresta fóssil na área urbana e representa um ambiente primitivo do nosso planeta. O rio Poty desde seu surgimento enfrentou barreiras, logo quando desce da Serra dos Cariris, em Quiterianópolis, enfrenta o sistema transbrasiliano de falha, o oceano Atlântico e vai até a África. Muda-se o percurso e a sua direção, ao invés de ir para o Norte, vai para o Oeste até chegar em Teresina”, diz.

Ao relembrar sua vida acadêmica, Barros destacou como a lenda do Cabeça de Cuia foi significativa em sua formação social. “Quando eu estudava no Liceu, a gente participava daquelas apresentações do aniversário do colégio e o Cabeça de Cuia foi uma das que a gente apresentava. Preservar também isso, de uma história trágica, mas também interessante e bonita, que reflete também um pouco da vida do nosso povo, é muito importante”, relata.

Para Sidiney, esses patrimônios devem ser explorados e mostrados ao mundo. Por isso, é necessário que os poderes governamentais elaborem políticas públicas que desenvolvam as suas conservação.

“A nossa geologia é riquíssima, a nossa ecologia é riquíssima e a gente precisa mostrar isso ao mundo, para a população não só nossa, mas do Brasil e do mundo todo conhecer. É muito importante políticas públicas de preservação, chamar atenção dos nossos chefes, dos nossos políticos para essas políticas públicas para preservar um local único, que a gente tem no nosso Piauí e no nosso Brasil”, diz.


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