
Rayfran Junior
MaluBarreto@tvclube.com
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações do caso Jéssica Vitória Canedo, jovem de 22 anos que se suicidou após receber ataques na internet por ter um suposto relacionamento com o humorista Whindersson Nunes. Segundo a conclusão do inquérito, Jéssica forjou a conversa com o humorista e espalhou nas redes sociais.
Segundo informações do delegado Felipe Monteiro em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (6), Jéssica foi a responsável por criar a conversa falsa e divulgar para as páginas de notícias.
“Durante as investigações foi apurado e concluído que todas as fofocas veiculadas pelas páginas foram criadas e divulgadas pela própria jovem. Ela fez toda a montagem e divulgou para as páginas de notícias sobre o seu relacionamento com o humorista”.
Ainda segundo informações do delegado, a jovem estava em tratamento contra a depressão na época de todo o ocorrido, conforme a família já havia revelado.
“Desde o início das investigações, apuramos que a jovem passava por tratamento psiquiátrico, por problemas de depressão e, após a divulgação das notícias, ela passou a receber uma série de ataques nas redes sociais. Um desses ataques era instigando Jéssica a cometer suicídio”.
Além disso, o inquérito policial indiciou uma jovem de anos por incentivar Jéssica a cometer suicídio. As mensagens foram enviadas para as redes sociais de Jéssica Vitória, e a autora irá responder criminalmente pelo conteúdo enviado. Caso seja condenada, a menina pode pegar de 2 a 6 anos de prisão.
Perfis de fofocas
Dentre os perfis que divulgaram a conversa falsa de Jéssica com Whindersson Nunes, o “Choquei” foi o maior responsável pela disseminação da notícia. Dias antes de morrer, a jovem fez um apelo em suas redes sociais pedindo que as páginas de fofoca parassem de publicar matérias sobre a conversa, pois estava recebendo ataques em massa na internet.
No entanto, a página não deletou e debochou do pedido de Jéssica. Segundo o delegado Felipe Monteiro, o perfil “Choquei” não será indiciado pela morte da jovem, pois disseminação de Fake News não é crime. No entanto, as páginas podem ser investigadas por atentarem contra a honra, caso a família de Jéssica Vitória demonstre interesse.
Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto