
Um vídeo flagrou o momento em que crianças e populares atravessam um rio segurados em uma corda no Povoado Oitis, localizados na zona Rural de Milton Brandão, a cerca de 242 km de Teresina, capital do Piauí.
As imagens mostram o perigo que moradores da região passam dia-a-dia em períodos chuvosos, com a ausência de uma ponte, para conseguir desloca-se no município. O Portal ClubeNews teve acesso ao registro, que mostra diversas pessoas, incluindo crianças e adolescentes, fazendo a travessia do rio através uma corda.
Em um trecho do vídeo, é possível ver o momento em que um menino tenta passar para o outro lado do percurso com o suporte da corda, não consegue segurar as mãos no objeto e, por pouco, não é arrastado pela correnteza.
O secretário de Educação da cidade, Lisandro Gonçalves, comenta que o município é cercado por vários fluxos fluviais e a situação é corrente no período de inverno.
“A situação é que Milton Brandão é um lugar muito cheio de vários rios e riachos. No período chuvoso, os eventos são fortes para a região aqui e tem lugares que os rios ou riachos não deixam o tráfego de pessoas, não é só de alunos, é de todo mundo”, diz.
Gonçalves pondera que a situação já foi relatada às autoridades e o problema deve ser resolvido em breve. “Já até falei para algumas pessoas da região que com certeza em breve será resolvido esse problema das pontes”, fala.
Responsabilidade
O secretário Lisandro Gonçalves disse que os pais são orientados a não mandarem os filhos para a escola no período chuvoso. “Aquelas pessoas que moram em outro lado dos rios, essas é que são orientadas a não ir para a escola”, disse.
Sobre a responsabilidade do transporte dos estudantes e os riscos aos quais as crianças são submetidas, o secretário afirmou que a situação é de competência dos pais.
“Esse assunto para nós aqui ele é, praticamente, esquecido. Porque se eu for ter que fazer isso, eu vou ter que chamar o pai da criança, entendeu? Para me dizer o porquê que ele levou o filho dele. Aí vai entrar conselho tutelar, porque o pai estava colocando a criança em risco, entendeu? Que não foi o motorista que transporta, não foi o professor, não foi o diretor e nem foi o secretário de educação. Foi o pai que, por livre e espontânea vontade, colocou o filho naquela situação”, afirmou.