A paixão de Luma Maria pelo balé, a fez tornar o sonho de ensinar o que sabia para as amigas, no projeto social Ballet dos Sonhos, na Vila Bagdá, zona Sudeste de Teresina. O grupo é o primeiro classificado e concorre ao Prêmio Gente Boa, da TV Clube.
A garota de 10 anos transformou o que era apenas um desejo pessoal em uma importante ferramenta de incentivo à cultura na comunidade em que mora, que já reúne três modalidades: balé, futsal e karatê. As aulas ocorrem em um centro de convivência, cedido pela Prefeitura de Teresina.
Para ela, promover essas ações têm sido de extrema significância, pois os pais de alunos têm depositado confiança no trabalho. “Melhor que saber que as crianças vêm, é saber que os pais deixam e confiam nos professores para dar aulas, porque é um sonho de uma criança que está sendo apoiado tanta gente. Me deixa feliz”, expressa.
Mayara Rocha, professora e mãe de Luma, conta que não acreditou quando a filha propôs promover aulas para outras crianças, porque a atitude não é algo comum de uma criança. Ela diz que chamou colegas da comunidade e as mães aceitaram a proposta.
“A princípio, não levei a sério. Era uma menina de sete anos, onde eu ia imaginar que ela estava com esse pensamento de querer fazer algo tão grandioso. A gente nem pensou que se tornasse tão grandioso, como se tornou o Balé dos Sonhos, mas eu resolvi dar uma chance. Não cortar completamente as asas dela. Chamei umas coleguinhas do bairro e as mães aceitaram. O que mais me surpreendeu foi que, mesmo dizendo que ela era professora, as mães aceitaram no amor”, relata.
A estudante Ismeire Lima, tia de umas das beneficiadas com o projeto, relata que dar orgulho ver o empenho realizado por Luma juntamente com a mãe e o voluntariado. Ela afirma que sua sobrinha aguarda as aulas ansiosamente.
“Era um serviço que era para ser de uma pessoa maior, mas uma criança tirou o sonho dela e realizou o sonho de outras crianças. Isso é bem importante, é bem interessante. Eu tenho uma sobrinha que participa e todos sabem que ela está ansiosa para o horário dela vir e ela gosta muito”, fala.
A professora Camila Ribeiro, uma das voluntárias, fala que se apaixonou pelo projeto e, além de ter o amor pelo balé em comum, Ribeiro e Luma tiveram a mesma professora, que foi a responsável por apresentar a proposta à ela.
“A minha professora de balé também foi professora da Luma. Foi ela quem me apresentou ao projeto. Ela foi uma das primeiras voluntárias e um dia não pôde vir e falou: ‘Camila, Vitória e Casla, que são minhas amigas, vocês podem ir lá fazer uma participação? Porque eu não vou poder ir’. Nós viemos e, desse dia em diante, a gente se encantou”, explica.
Após o sucesso dos encontros na Vila Bagdá, Luma sentiu necessidade que meninos participassem e as aulas de karatê foram inseridas no programa. A atitude chamou a atenção do professor Alisson Gomes, que se colocou à disposição do projeto.
“É algo muito significativo porque era para se esperar de um adulto ou do governo público, mas enfim, Deus iluminou o coração dessa criança e ajudou com que outras crianças fossem abençoadas”, pondera.
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