A escolinha de futebol Prata da Casa é a 3ª classificada do Prêmio Gente Boa. Idealizado pelo professor Alex Gomes, o projeto social, materiais, deslocamento e o custeio de torneios são mantidos através do dinheiro arrecadado com a reciclagem de lixo.
As coletas são realizadas por Alex, no decorrer da semana. Ele sai pelas ruas do bairro Todos os Santos, em busca dos objetos. Mais de oitenta crianças e adolescentes, com idades entre 06 e 16 anos, são beneficiados. Gomes conta que o trabalho, realizado no campo Ferreirão, no bairro Novo Milênio; é reconhecido pela população e recebe várias mensagens para coletar matérias.
“É através desse material que consegui recursos para comprar bola, comprar colete, para pagar uma van, para levar a gente para um campeonato, pagar inscrição de campeonato de R$ 300”, destaca.
A ação na comunidade se tornou, além de um incentivo ao esporte, um instrumento na inclusão social. O trabalho de Alex alcança também crianças com autismo.
Ele detalha que, para ele, os alunos tornam-se filhos e o respeito adquirido é muito gratificante. “São todos filhos, eu sou pai deles. Tem uns que tomam a benção, para mim é gratificante, fico emocionado. É emocionante falar isso”, fala.
Kevin Ricardo, de 17 anos, é um dos exemplos. Ele, que já está há 5 anos integrado com trabalho desempenhado, diz gostar muito de jogar futebol na escolinha e tem um afeto especial pelo professor. “Gostou muito (de jogar futebol aqui). Eu tenho muito carinho por ele. Me ensinou tanto”, expressa.
O reconhecimento demonstra a capacidade de transformação do desporte, segundo o tutor. A servidora Cíntia Guimarães, mãe de dois alunos da escolinha, argumenta sobre o poder que a ação tem realizado, não só para os alunos, mas para as famílias.
A escolinha exerce um papel de formar cidadãos. Guimarães avalia que o método de disciplina do professor ajuda os alunos entenderam o papel de responsabilidade com a escola.
“O Alex tem um método de disciplina incrível, porque as crianças evoluem, tanto aqui na forma de ser jogador de futebol, mas como pessoa. As crianças com mal desempenho na escola ele coloca punição, coloca os dias que não pode jogar até melhorar a nota”, fala.
O trabalho dar oportunidade e nutre os sonhos de crianças que idealizam ser jogadores de futebol. É caso de Douglas Henrique e Maria Alice, ambos têm apenas 12 anos, mas sonham alto e quer ser uma jogadora futebol.
“Ele muda muitas vidas. Já teve até gente que melhorou muito no futebol por causa dele. E eu gosto muito dessa escolinha. Já vi muitos irem ara melhores escolinhas. Eu vou tentar (me tornar profissional). É meu sonho, se que Deus quiser”, diz Douglas.
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