15 de agosto de 2025

MPPI investiga duplicação de contratos para lavar dinheiro no PI e MA

Bruno do Carmo

Publicado em 26/04/2024 17:35

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Bruno do Carmo
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O Ministério Público do Piauí (MPPI) investiga a duplicação de contratos para locação de equipamentos médico-hospitalares, em esquema de lavagem de dinheiro no Piauí e Maranhão. As contratações são avaliadas em cerca de R$ 20 milhões.

O promotor de justiça, Maurício Verdejo, explica que as empresas foram favorecidas nas licitações, mesmo após a suspensão dos processos. “Aprofundando a investigação percebemos que os próprios objetos da licitação, ou seja, da dispensa e das subsequentes licitações que tiveram, sempre continham como vencedor a mesma empresa que foi dispensada no começo”, inicia.

A diligência apura que não era realizada a entrega de parte dos equipamentos médicos licitados. Os aparelhos são essenciais para a realização de exames, como radiografia, eletro e ressonância. As empresas não cumpriam com o acordado, além dos problemas com máquinas sucateadas ou defeituosas.

“Eram feitos contratos duplicados, então entregavam um aparelho de ressonância, mas o outro nunca chegava ao hospital. Não foram todos, alguns foram entregues, mas a grande parte não foi entregue”, diz.

O promotor explica que o procedimento foi iniciado, por de uma análise da dispensa de contratação para o Hospital Regional Justino Luz, em Picos, firmado com a antiga Fundação Estadual de Serviços Hospitalares (Fepiserh).

“A investigação começou com essa dispensa para a contratação dessa locação de equipamentos médico-hospitalares. Foi firmado, na época, com a contratação estadual de serviços hospitalares”, conta.

É determinado que, nesses tipos de trato, um gestor fique responsável pela fiscalização de cada contrato, mas ainda conforme o promotor, o administrador à frente da função desconhecia os acordos firmados.

“Todos os contratos eles têm que ser fiscalizados. Há um fiscal nomeado pelo Estado e também um gestor do contrato. Ouvindo o gestor de um dos contratos percebeu-se que ele não sabia nem da própria existência do contrato”, fala.

Na manhã desta sexta-feira (26), foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina (PI), Parnaíba (PI) e Timon (MA), nas sedes das empresas e grupos investigados, para somar provas à investigação. Os empreendimentos são de diversos ramos. Entre eles, restaurantes, marinas e produtos náuticos. Nenhum suspeito foi preso.

“Foram (cumpridos) na empresa em Timon, na sede da empresa e do grupo, porque há indícios também de lavagem de dinheiro. O dinheiro dessa empresa que faz essa locação de equipamentos era utilizado em outras empresas, no sistema de ocultação de dinheiro, de lavagem de dinheiro. São empresas de diversos ramos, em Parnaíba; e também em Terezinha, a loja que vende esses produtos náuticos”.

 


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