A incidência de casos de dengue cresceu em 95,3% no ano de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio deste ano, o Piauí já registrou nove mortes e 5.755 infecções confirmadas.
Dados levantados pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) apontam que Bom Jesus, Antônio Almeida e São Pedro do Piauí são os municípios mais preocupantes.
Na capital, os trabalhos da Prefeitura de Teresina estão voltados para a zona Leste, onde a infestação do mosquito Aedes aegypti é maior e há também uma dificuldade em combatê-lo.
A gerente de zoonoses de Teresina, Oriana Bezerra, explica que a problemática ocorre por conta de obstáculos relacionados ao acesso às áreas potenciais criadores.
“A todo momento a gente vê dificuldades em relação a acesso aos imobiliários, em relação à retirada dessa oferta ou redução da oferta desses potenciais criadores. Então a gente insiste com a população que é preciso a mudança de hábitos”, inicia.
Outro fator, é a falsa sensação de segurança por conta do fim do período chuvoso. A população tende a relaxar, achando que o mosquito não terá as condições que precisa para se reproduzir. Isso porque existem criadouros em potencial espalhados pela cidade.
É o caso do lixão a céu aberto na rua Uruçuí, Vila da Paz, zona Sul da cidade. Edmar Ferreira, agente de portaria, mora na região e relata que, apesar de o bairro ter ruas asfaltadas, nenhuma medida foi adotada para acabar com os lixões.
“É um risco muito grande, porque a gente não sabe o dia de amanhã. Porque a situação que nós temos hoje é que o mosquito se aloja em água parada e nessa área que estamos acontece muito, tanto para dengue e chikungunya.
A gerente de zoonoses ressalta que é importante ressaltar os cuidados, pois este ano foi registrada a circulação de dois sorotipos da doença. “A circulação dos dois sorotipos I e II, lembrando que o dois, todas às vezes que circula, ele leva um agravamento e, desde 2020 que a gente não tinha o registro dessa circulação, e voltou agora em 2024”, afirma.
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