Um idoso perdeu R$ 23 mil após ser vítima do golpe do “falso parente” em Teresina (PI). Na ocasião, um criminoso se passou por filho da vítima e pediu dinheiro em nome do familiar. O crime aconteceu em janeiro de 2024.
O delegado Humberto Mácola, coordenador da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), informou que o idoso, acreditando que era realmente seu filho, realizou a transferência bancaria para a conta de terceiros (laranjas).
Humberto Mácola orienta que ao fazer a transferência a pessoa certifique se os dados bancários são realmente do destinatário correto.
Afinal, os golpistas usam o nome, a voz e a imagem do familiar, mas os dados da conta são dos criminosos. Ou seja, os dados bancários não são os mesmos.
“A nossa dica é: no momento de transferir o valor, transferir apenas para a conta do nome do familiar. Ele (golpista) pode fazer a engenharia social que quiser, mas, no momento da transferência do valor, a pessoa precisa transferir para a conta do parente (real). Observar os dados”, disse o delegado.
O delegado ressalta que o criminoso, ao fingir ser o parente da pessoa, vai dizer para a possível vítima transferir a quantia para outra pessoa porque está com a conta bancária com problemas ou enviar para a conta de quem está devendo o dinheiro.
“É importante que a pessoa que está sendo abordada diga: ‘olha, eu vou transferir este valor para a sua conta. Eu não vou transferir para a conta de terceiros. Se você quiser transferir para o conta de terceiros, é você que transfere”.
TRECHO DA CONVERSA DO GOLPISTA COM A VÍTIMA:
Prisões
Nesta quarta-feira (26), oito pessoas membros dessa quadrilha foram presas suspeitas de terem recebido o dinheiro do idoso. O valor foi divido a quantia entre eles.
Cada preso na operação tinha uma função específica para o funcionamento da quadrilha e aplicação dos golpes.
Confira o organograma divulgado pela Polícia Civil do Piauí:
Conforme o delegado, outras pessoas continuam sendo investigadas pelo crime de estelionato e serão presas no decorrer da investigação.
Modus Operandi
Os suspeitos entravam em contato com as vítimas, normalmente através do WhatsApp, informando que eram seus parentes e que estavam com um número de telefone novo. Logo em seguida, pediam dinheiro emprestado.
O delegado Humberto Mácola conta que o prejuízo de outras possíveis vítimas pode chegar a mais de R$ 40 mil.
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