Sextorsão: número de vítimas na internet é crescente; entenda o crime

O número de vítimas do crime de sextorsão, que envolve ameaças de divulgação de imagens ou vídeos íntimos para obter vantagens, está se tornando cada vez recorrente no Piauí. Na maior parte dos casos, os criminosos utilizam essa estratégia para extorquir dinheiro das vítimas, mas também para chantageá-las em troca de conteúdo íntimo.

Essa realidade foi vivenciada recentemente por uma adolescente de 13 anos, chantageada por um estudante de 22 anos que conheceu em um aplicativo de relacionamento em dezembro de 2022. Após trocar mensagens, a menina enviou fotos íntimas ao rapaz, que a pressionou para enviar mais registros sob ameaça de divulgar o conteúdo. O homem foi preso em flagrante na última quarta-feira (3).

O delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), explica que esse crime é executado de maneira meticulosa, após o criminoso ganhar a confiança da vítima. Ele estabelece um relacionamento para obter imagens comprometedoras, muitas vezes utiliza fotos falsas de si mesmo para enganar a vítima.

“Muitas vezes a imagem que o criminoso mostra não é dele, mas ele recebe aquela imagem da vítima e, a partir daí, ele começa a extorqui-la”, afirma o delegado.

Mácola enfatiza a importância de os usuários se protegerem, evitando exposição desnecessária. No caso menores de idade, ele aconselha que o uso das redes sociais e da internet seja monitorado pelos pais e responsáveis, que devem está atento às mudanças de comportamento, como isolamento ou retração das crianças e adolescentes.

“Caso perceba algum sinal de alerta, é importante investigar o que está acontecendo”, diz Mácola. Ele destaca ainda a necessidade de relatar o crime às autoridades assim que a vítima identificar que foi alvo de sextorsão.

O delegado ressalta também que, depois que identificar o crime, é importante relatar os fatos às autoridades que foi vítima. “Se for o caso, procurar as autoridades públicas”, aconselha.