Jonas Carvalho
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O Brasil deve destinar cerca de R$ 84 bilhões para custear parte do plano de ações de combate às mudanças climáticas no planeta. A meta do Piauí é reduzir a emissão de gases poluentes até 2030, com a mudança da matriz energética do estado.
Nesta sexta-feira (2), a capital Teresina sedia a plenária do Clima Participativo, com foco no bioma Caatinga. Será o terceiro de oito encontros presenciais. As reuniões têm o intuito de engajar a sociedade civil no envio de propostas, tirar dúvidas sobre o processo e informar acerca das etapas da elaboração da estratégia da política climática do país até 2035.
Ao Portal ClubeNews, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse que o desafio será promover ações de erradicação de áreas desertificadas e o desenvolvimento econômico em paralelo, implementando o uso de energias renováveis. Nesse processo, deverão ser utilizados recursos do Fundo Ambiental, somado ao Fundo da Amazônia.
“O Brasil cumpriu os investimentos programados e deu resultado: redução no desmatamento, redução nas emissões. Veja a meta que o governador Rafael Fonteles acabou de colocar. O Piauí emite cerca de 14 milhões de toneladas e a meta até 2030 é reduzir para 9 milhões de toneladas, atendendo a participação do Piauí na meta brasileira”, pontuou.
Ao todo, até 1° de agosto, foram 536 propostas, com 838 comentários e 14.317 votos. Qualquer pessoa com CPF pode apresentar três propostas e votar em até 10 propostas de outros participantes, inclusive das plenárias. As 10 propostas mais votadas de cada um dos 18 temas definidos pelo Ministério do Meio Ambiente poderão ser incorporadas ao texto após análise do Governo Federal.
Alternativa sustentável
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que as ações ambientais fazem parte do conjunto de acordos firmados entre os países participantes da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28), em 2023.
Presente na coletiva de imprensa, no Palácio de Karnak, Marina Silva defendeu o uso do hidrogênio verde como alternativa aos estados brasileiros como fonte de energia limpa.
“O mundo vai ter que triplicar as energias renováveis, duplicar a eficiência energética e vai precisar fazer a transição para o fim do uso de combustível fóssil. O Brasil se coloca como uma alternativa”, pontuou.
Construção e mudanças
A partir do texto formalizado nas plenárias sobre o clima, o Governo Federal deve propor outras mudanças na legislação ambiental do país. Todo o processo de formulação de instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima será apresentado na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece no Brasil, em Belém (PA), em novembro de 2025.
“A expectativa é que a gente possa sair desse processo com as impressões digitais do povo brasileiro e que o Brasil possa dar o exemplo por meio de suas ações”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
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