Nos últimos dias, o Piauí registrou dois casos de violência contra a mulher envolvendo militares. No primeiro caso, o agressor denunciado é um sargento do Corpo de Bombeiros. No segundo, um coronel da reserva da Polícia Militar do Piauí.
Em entrevista à TV Clube, a delegada Bruna Verena, Diretora de Proteção à Mulher e aos Grupos Vulneráveis, destacou que todos os casos de violência são apurados conforme a legislação. Além disso, ela reforça que “um agente de segurança que tem que dar o exemplo para a população”.
“O procedimento que a gente sempre orienta para as mulheres, seja o agressor policial ou não, é procurar ajuda, as delegacias de polícia, ligar no 190. Todos esses casos são apurados de acordo com legislação. O fato de ser policial não interfere no andamento do processo nem na investigação. A gente tem que ratificar que as pessoas não devem cometer esse crime, principalmente se for policial militar”, diz.
Conforme a delegada, nos casos que envolvem agentes de segurança a arma é recolhida para proteger a vítima.
“O tratamento que ele tem diferenciado é porque geralmente nós pedimos, na medida protetiva, que o porte de arma dele seja recolhida. Como ele é um agente de segurança, existe essa prerrogativa de ter o porte de arma, mas diante de uma situação que ele ameaça uma mulher, se ele estiver com essa arma gera uma maior risco para a vítima”.
Caso sargento do Corpo de Bombeiros
A jornalista Yara Ataide usou as redes sociais, na noite de quarta-feira (18), para denunciar o ex-marido, o sargento do Corpo de Bombeiros do Piauí, Gilvan Freitas Rodrigues. No Instagram, Yara publicou um vídeo no qual aparece sendo agredida com um soco na residência onde o casal morava. Ela relatou que sofreu agressões durante os sete anos de relacionamento conjugal.
Vídeo: jornalista denuncia ex-marido sargento após sofrer agressões por 7 anos
“A gente tem que se colocar em 1º lugar”, diz mulher que denunciou agressões do ex-marido bombeiro
Comando recolhe arma e afasta bombeiro denunciado por violência doméstica em Teresina
Oficial da PM-PI
A esposa de um oficial da reserva remunerada, da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), denunciou o marido por violência doméstica, na noite de sábado (21). A mulher acionou o apoio de uma equipe da Patrulha Maria da Penha. A Corregedoria da Polícia Militar também foi acionada e investiga a denúncia.
Esposa de oficial da PMPI aciona Patrulha Maria da Penha após violência doméstica
Canais de denúncia
O Piauí dispõe de centros especializados de apoio às mulheres vítimas de violência. Seguem os contatos de referência:
Centro de Referência Especializado Esperança Garcia (CREG)
– Telefone: (86) 99412-2719
– Endereço: Rua Agripino Maranhão, 235 – Noivos, Teresina-PI
Defensoria Pública do Estado – Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência
– Telefone: (86) 3233-8504
– Endereço: Rua Joca Pires, 1000 – Bairro Jockey, Teresina-PI
Centro de Referência Estadual da Mulher em Situação de Violência – Francisca Trindade
– Telefone: (86) 99433-0809
– Endereço: Avenida Petrônio Portela, 1900 – Bairro Aeroporto, Teresina-PI
Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID)
– Telefone: (86) 99433-0809
– Endereço: Rua Mato Grosso, 268 – Centro, Teresina-PI
Central de Flagrantes de Atendimento à Mulher e a Grupos Vulneráveis de Teresina
– Endereço: Rua Coelho de Resende, s/n, Centro-Sul, Teresina-PI
– E-mail: cfte@pc.pi.gov.br
– Atendimento: 24 horas
