Pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra será feriado no Brasil, em 20 de novembro. No quadro Raízes e Resistência, na Clube News FM, é destacado o papel do afroempreendedorismo – movimento que fortalece a identidade negra, incentiva a autoestima, valoriza a cultura afro-brasileira e fomenta a economia nacional.
Para discutir o tema, Kelson Fontinele, fundador do Estúdio Fios Afro, espaço em Teresina (PI) especializado na estética negra, busca promover a cultura afro-brasileira através de sua atuação. O espaço oferece serviços para cabelos crespos, cacheados, tranças, locs e cortes.
“Afroempreender é construir uma cultura coletiva”, diz Kelson Fontinele. Ele destaca que, em Teresina, o Estúdio Fios Afro começou com o propósito de ser um espaço de impacto social e de valorização da cultura negra.
“Empreender de certa forma é construir uma cultura. A gente precisa que a cultura negra seja mais divulgada e ampliada. A Fios Afro começou pensando nisso. Como a gente pode ter um impacto social aqui dentro da cidade? Como a gente pode trazer um pouco dessa cultura para outras áreas?”, pontua.
Segundo Kelson, o afroempreendedorismo é diferente do modelo tradicional, pois se baseia em uma lógica de coletividade, afastando a ideia de competição. “Quando estamos afroempreendendo, queremos criar uma cultura de colaboração e não de competição”, afirma.
Rede de apoio e “hackeamento” do sistema
Para Kelson, o afroempreendedorismo funciona como uma forma de “hackear” o sistema, como uma forma de responder às dificuldades históricas de exclusão e invisibilidade impostas pelo racismo no Brasil.
“A gente pensa no ecossistema. Como a gente já sofre com essa invisibilidade, de um processo histórico e cultural do próprio racismo, podemos hackear, de certa forma, o sistema, a partir dessa gramática da tecnologia. A gente não pode é crescer sem parceria, sem contatos”, conta.
O estúdio promoveu, no ano passado, uma roda de conversa entre profissionais negros da estética e psicólogos negros. Esse encontro abordou a importância de fortalecer o letramento racial e destacou a saúde mental como uma necessidade dentro do ecossistema afroempreendedor.
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