
O Piauí está abaixo da média brasileira na distribuição de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI), no estado são 20,95 leitos para cada 100 mil habitantes. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06.
Os dados fazem parte do estudo “A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde”, divulgados pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Conforme o diretor de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), Rodrigo Martins, o processo de transferências de pacientes que precisam de tratamento em uma UTI, ocorre por meio de critérios clínicos e protocolos internacionais.
“O paciente que busca o atendimento em uma unidade, é atendido e avaliado pelo médico assistente. Caso precise dessa transferência, deve ser descrito via sistema e solicitada a mudança, ou regulação daquele paciente, para uma unidade de maior porte ou especificidade. Quando o paciente é inserido no sistema, um médico regulador, por meio de critérios e protocolos, faz a análise”, explicou.
Ainda segundo o diretor, após a análise o paciente vai ser inserido em uma fila, podendo ser o primeiro ou não, a partir de características avaliadas pelo médico. Quando surgir a vaga que o paciente precisa, a regulação é realizada.
Luta pela vida
Há 40 dias, Teresa da Silva, de 70 anos, sofreu um infarto no interior do município de União (PI). A idosa foi levada a um hospital particular de Teresina, onde ficou internada por 23 dias, o que custou R$ 33 mil para sua família. Com o surgimento de uma vaga no Hospital da Polícia Militar, Teresa foi transferida e continua internada até hoje.
Conforme o marido da idosa, Benedito Pereira, ela precisa fazer uma cirurgia, mas depende de uma transferência para o Hospital Universitário (HU) ou Hospital Getúlio Vargas (HGV).
“Os médicos são bem sinceros, eles fazem a parte deles, mas disseram que como o caso dela envolve o coração, aqui não tem muito o que possa ser feito. Estão mantendo ela internada aqui o máximo possível, mas ela precisa ser transferida para o HU ou HGV e essa vaga não quer surgir”, relatou.
O que diz a Sesapi
Segundo o diretor de Regulação, Rodrigo Martins, é necessária uma ampliação nos hospitais para diminuir a espera pela regulação:
“É preciso que possamos ampliar todos os hospitais públicos, não apenas os estaduais, para que essas patologias e especialidades sejam mais bem ofertadas e faça com que haja uma diminuição no tempo de espera da regulação”, pontuou.
Em nota, a secretaria esclareceu que a paciente está sendo assistida em leito de UTI para o HPM, mas está em fila de regulação para o HGV. Ainda conforme a secretaria, tem sido feito investimentos para a instalação de novos leitos nos hospitais estaduais.
*Estagiário sob a supervisão da jornalista Malu Barreto
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