Visibilidade Trans: ativistas comentam a importância da data

A data reforça a necessidade de discutir as políticas que garantam direitos às pessoas transexuais no Brasil. 

Bandeira Trans (Foto: TRT/Divulgação)

Pedro Pires e Renan Nunes
pedropires@tvclube.com.br

Celebrado há mais de 20 anos,   29 de janeiro é marcado pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data reforça a necessidade de discutir as políticas que garantam direitos às pessoas transexuais no Brasil.

Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, apontam que 122 pessoas trans foram assassinadas no Brasil em 2024. Conforme o dossiê que apresenta esses números, o perfil das vítimas é de pessoas negras, jovem, pobre e morta em espaços públicos com crueldade. Pelo 16° ano consecutivo o Brasil é o país que mais mata pessoas trans.

Importância do acolhimento 

Para a gestora de mídias sociais, Luna Siqueira, mãe de uma adolescente trans, acompanhar o processo de transição do filho foi um momento difícil, mas de muita aprendizagem.

“Foi um processo doloroso de ver minha filha perdendo traços de menina, para começar a ter traços de menino. Além de não deixar ele perceber que aquilo era doloroso para mim. Hoje eu amo meu filho mais do que eu já amava antes, é muito amoroso e inteligente. A essência do meu filho não mudou, não foi uma mudança de gênero que mudou a essência dele“, relatou.

Fernanda Loiola também acolheu a filha nesse processo, ela ressalta a importância desse amparo no combate ao preconceito que acontece diariamente “Nós respeitando as pessoas da nossa família, vamos pelo menos amenizar o preconceito que elas sofrem. A sociedade que vivemos maltrata muito”, explicou.

Para Savana Victoria, ativista e filha da Fernanda, o apoio dos pais é importante em qualquer idade que o processo de transição inicia.

“Eu, como uma filha que tive o apoio da minha mãe, peço que as pessoas apoiem seus filhos, mesmo que sejam crianças e ainda não saibam como identificar. Esse apoio é muito importante, para a pessoa ter uma chance à vida”.

O artista visual, Rodrigo Moara, integra, ao lado da mãe, um coletivo de resistência, que defende o direito de pessoas transexuais.

“Precisamos de mais visibilidade e conquistas. Então estamos trabalhando nesse ativismo, firmes e fortes. Principalmente aqui no Piauí que as coisas são bem mais complicadas na nossa situação”, declarou.

*Estagiário sob a supervisão da jornalista Malu Barreto

 

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