
Na data de hoje, 21 de março, é comemorado o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. A data foi instituída em 6 de março de 2023 a partir da Lei Nº 14.519, sancionada pelo presidente Lula.
A prática de religiões de matriz africana foi proibida e discriminada por séculos no Brasil, com prisões e perseguições. A data coincide com o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, marco estabelecido pelas Nações Unidas (ONU), tendo como referência o episódio que ficou conhecido como “Massacre de Shaperville”, em 1960 na África do Sul, durante o Apartheid.
O Babalorixá Italo de Logun Edé contou ao Portal ClubeNews sobre a cultura de candomblé ser reconhecida por uma lei nacional. “A cultura do candomblé se sente lisonjeada e, ao mesmo tempo, respeitada por uma lei tão importante”, diz.
A lei, segundo o babalorixá, assegura o direito das pessoas a manifestarem a própria fé. “Que as pessoas nos olhem com os bons olhos, nos respeitando, olhando para a nossa religião de matriz africana, onde nos dá o direito de andar com os nossos ojás, mostrar a nossa cultura, a nossa religiosidade e também propagar a nossa fé”, declarou.
O pai de santo declarou também sobre a intolerância religiosa que o candomblé e outras religiões de matriz africana e afro-indígena acabam sofrendo.
“Quando eu falo de intolerância, eu falo de tolerar. Eu não quero ser tolerado por ninguém, eu quero ser respeitado. Eu falo isso por igualdade, assim como eu respeito outro credo, outra religião, eu também quero que respeite a mim. Fim a qualquer tipo de intolerância e, acima de tudo, o respeito a todas as religiões de matriz africana e de matriz afro-indígena”, finalizou.
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