A pesquisa Ipsos Happiness Index 2025 apontou que 75% das pessoas com mais de 70 anos consideram-se felizes ou muito felizes. O número é maior que o das pessoas que estão na faixa etária dos 20 aos 25 anos.
Estudos realizados em 30 países, incluindo o Brasil, representado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicam que a felicidade aumenta de maneira proporcional ao avanço da idade. Conforme a análise, o pico dessa sensação ocorre, em geral, por volta dos 65 a 75 anos.
Os principais fatores que influenciam no resultado são o bom relacionamento com a família e o fim da pressão social pela estabilidade financeira ou conforto material. Dessa forma, pequenas conquistas no dia a dia são o suficiente para trazer alegria ao coração.
Para a aposentada Maria da Conceição Araújo, de 73 anos, as realizações familiares dão ânimo para viver e prestigiar com gratidão a simplicidade da vida. “Hoje, eu posso dizer que eu sou uma mulher muito feliz pelo nascimento das minhas duas meninas [filhas] e do neto. E esse momento, exatamente esse momento, é um momento de felicidade”, comenta.
Saber lidar com problemas é imprescindível para alcançar a felicidade plena. Eduvirges Gomes, de 77 anos, enfrentou o doloroso luto pela perda do esposo há dois anos. Ela desenvolveu resiliência para combater a tristeza e ressignificar os acontecimentos que marcaram sua vida.
“A gente passa por tempos difíceis, de doença, de perda de ente querido, mas isso não pode proibir a gente de viver. A gente viver triste é um terror. É melhor viver sorrindo”, afirma.
Para Francisca Rego, 82 anos, a longevidade está relacionada com aceitação. Para ela, confiar no tempo é o segredo para uma vida feliz. “Problema não deixa de existir, e quando ele vier você tem que dar a volta por cima. De que maneira? Aceitando, enfrentando e deixando passar. O tempo dá resposta para tudo”, considera.
A importância de desacelerar
Segundo a psicóloga Sileli Cavalcante, diminuir o ritmo na terceira idade é essencial para tornar o tempo mais proveitoso e ter uma melhor qualidade de vida.
“Nesta fase, ao contrário de outras, é possível desacelerar. Menos pressa, menos cobrança e mais foco no presente e no que realmente importa pode favorecer o bem-estar nesta fase da vida”, destaca.
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