
A solidão e a solitude, embora parecidas, possuem significados distintos. Em entrevista à TV Clube, o médico psiquiatra Vicente Gomes explica a diferença entre os dois.
“Solitude é quando é uma escolha consciente, eu gosto da minha companhia, eu consigo tirar um proveito disso. Solidão é quando há um desconforto. Eu posso ter ao meu redor muita gente, mas mesmo assim, a pessoa pode se sentir solitária. É quando ela acha que aquela companhia não faz bem, falta algo, traz algum tipo de desconforto”, explicou o psiquiatra.
Para o médico, é importante que as pessoas consigam ter a percepção de que estar só não é solidão, mas que se a pessoa perceber outros sintomas, como tristeza, baixa autoestima e ansiedade, deve se entrar em alerta.
“Aquela pessoa que tem dificuldade de ficar só, ela só se sente bem na companhia de outra pessoa. Agora se essa pessoa for uma pessoa problemática, ela vai se estressar e ela pode ter uma dependência emocional daquela pessoa, e ela vai acabar tentando compensar isso em algumas outras coisas, no álcool, no jogo, na compra, isso pode trazer prejuízo para o seu dia a dia”, revelou.
Para evitar o estado de solidão, o médico aconselha o autoconhecimento, a partir do seu momento de solitude com uma reflexão pessoal.
“A pessoa não acaba gostando da própria companhia, o foco não é a própria pessoa, é o outro. Essa pessoa precisa trabalhar o autoconhecimento, o autoconhecimento dela é superficial. Então o momento da solitude é essencial, para que a gente possa naquele momento ali ter o nosso contato com o divino, fazer uma reflexão, ouvir uma música”, contou
Para o tratamento da solidão, que vem acompanhada com sintomas como a falta de prazer, tristeza excessiva ou comprometimento do sono, é necessário buscar ajuda profissional, por meio de terapia.
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