A importação clandestina de aparelhos Iphones era chefiada por um empresário conhecido em Belém (PA), segundo o delegado Roger Morgado, da Polícia Federal. O investigado, alvo da Operação Sin Tax, chegou arrecadar mais de R$ 6 milhões nos últimos anos de acréscimo patrimonial.
A operação foi deflagrada pela Receita Federal e Polícia Federal do Piauí, com o objetivo de reprimir os crimes de contrabando e descaminho de produtos eletrônicos e de lavagem de capitais. Uma loja de eletrônicos localizada em um shopping de Teresina foi alvo da operação.
Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca, sendo cinco em lojas comerciais, três delas em shopping centers. Cinco alvos apontados como alvos da operação, um deles é estrangeiro do Suriname. A investigação é desdobramento de duas ações da Polícia Federal: a Operação Mercador Fenício, de novembro de 2022.
“A investigação tramita desde 2023 e teve uma maior fundamentação a partir de um flagrante feito no Aeroporto Internacional de Belém, de um viajante que trouxe uma grande quantidade de equipamentos de telefonia celular de alto custo. Ela apontou para uma organização criminosa, chefiada por esse empresário, que operava com várias lojas de nomes diferentes e utilizando laranjas”, revelou.
Conforme a Receita Federal, o empresário investigado migrou também para plataformas de lojas digitais, operando com uma grande movimentação de dinheiro. O resultado disso foi um acréscimo patrimonial significativo do suspeito.
“A partir passamos a investigar porque Belém estava aparecendo na listagem de cidade com maior número de compras de Iphones. Foi identificado movimentação de dinheiro para outros ramos de ilegalidade e atividades criminosas diversas, além da lavagem de dinheiro e sonegação de impostos”, disse o delegado.
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