
O procurador-geral da Câmara Municipal de Teresina, Pedro Rycardo Couto, afirmou que o Poder Legislativo acatou a determinação do juiz, Luís Henrique Moreira Rego, de afastar a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) do exercício do mandato.
Apesar do afastamento, o primeiro suplente do PSB, Leôndidas Júnior, só poderá ser convocado após o período de 60 dias. O suplente assumiria a condição de titular somente mediante a cassação do mandato de Tatiana Medeiros.
Em entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (3), após a prisão da parlamentar durante operação da Polícia Federal (PF), o procurador Pedro Rycardo disse que ainda é precipitado tratar sobre a possibilidade da cassação do mandato de Tatiana Medeiros.
“Temos que ter uma certa prudência para falar sobre essa questão. Existe todo um processo legal, o contraditório, a ampla defesa, o estado democrático de direito. Isso tudo vai ser respeitado. É muito precipitado falar nessa questão neste momento”, disse.
Afastamento
Em sua decisão, o juiz Luís Henrique explicou que o afastamento se deu em função da investigação feita pela PF, no âmbito da Operação Escudo Eleitoral, que apura o possível financiamento da campanha da vereadora em 2024 com dinheiro proveniente de uma facção criminosa.
Durante a operação, uma ex-servidora da Câmara Municipal – que era lotada no gabinete de Tatiana – também foi alvo de investigações. Ela foi exonerada no mês de janeiro de 2025.
“Ela já não mais fazia parte dos nossos quadros. Tudo está sob sigilo, mas tudo ainda no princípio. Não tivemos mais informações sobre o caso. Vamos receber do Judiciário e da Polícia Federal”, apontou.
Cautela
O vereador Pedro Alcântara (Progressistas) disse que é necessário manter a prudência em relação ao caso e “não julgar por presunção”. Na visão do parlamentar, o processo de cassação seria o caso mais extremo do processo.
“Temos que ver o que diz o inquérito, quais as provas que têm contra ela, para depois termos um juízo de valor. Tem suspensão de mandato, advertência e o último seria a cassação. Isso é algo extremo. Não podemos cometer erros como no passado”, lembrou.
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