27 de julho de 2025

TRE-PI nega habeas corpus e mantém prisão da vereadora Tatiana Medeiros

Eduardo Amorim

Editor
Publicado em 14/04/2025 18:52

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Vereadora Tatiana Medeiros (Foto: Instagram)

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) julgou, nesta segunda-feira (14), improcedente o pedido de habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa suspeita de compra ilícita de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em âmbito eleitoral. Por 5 votos a 2, o tribunal decidiu manter a prisão da parlamentar.

O presidente do TRE-PI, desembargador Sebastião Ribeiro Martins, destacou em seu voto que os indícios apontam para crimes de extrema gravidade, com possível envolvimento de facções criminosas. Segundo ele, esta pode ser a primeira vez que há indícios de ligação direta entre organizações criminosas e eleições municipais no estado.

“Resolveu o tribunal, por maioria de votos, vencidos o relator e o juiz Daniel de Sousa Alves, na forma da divergência aberta pelo desembargador Ricardo Gentil Eulálio Dantas e conforme o parecer ministerial, indeferir a liminar e manter a prisão preventiva decretada”, diz o acórdão.

Além da prisão, foram mantidas medidas cautelares, como o afastamento de Tatiana Medeiros da Câmara Municipal de Teresina.

A investigação

A vereadora foi presa pela Polícia Federal no dia 3 de abril, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. A ação também teve como alvos servidores comissionados da Câmara Municipal de Teresina, da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

Tatiana já era investigada por crimes eleitorais. Em 14 de novembro de 2024, sua residência foi alvo de mandado de busca e apreensão durante uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que apurava lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas.

Na ocasião, Tatiana não exercia mandato, mas seu namorado, Alandilson Cardoso Passos, era suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em tráfico e lavagem de dinheiro. Ele estava foragido e foi preso posteriormente em um hotel em Belo Horizonte (MG), onde estava acompanhado da vereadora. Segundo o delegado Samuel Silveira, os dois viajavam juntos no momento da prisão.

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