As famílias que perderam suas casas na tragédia ocorrida no bairro Parque Rodoviário, em 2019, receberam novas moradias em outubro de 2024. No entanto, agora enfrentam oscilações constantes no fornecimento de energia elétrica nas residências entregues no bairro Catarina, zona Sul de Teresina, onde foram construídas 44 casas.
Em entrevista à TV Clube, a moradora Amélia Tavares contou que, por medo de queimar a geladeira, precisa desligá-la sempre que a energia começa a oscilar.
“A gente não pode nem comprar alimentos para dentro de casa, pois, se colocar na geladeira, perde tudo. A maioria dos vizinhos perde tanto os eletrodomésticos quanto os alimentos, que são jogados fora. Não tem como congelar nada, porque a geladeira vive assim, fora da tomada”, relatou.
Outros moradores também denunciaram prejuízos. A copeira Denivania Nascimento afirmou que já perdeu três ventiladores, dois ferros de passar e um secador. Ela teme ligar novos aparelhos. A pensionista Graça Silva destacou que, mesmo após seis meses de ocupação, os moradores ainda não receberam nenhuma conta de energia elétrica.
Outro lado
A Equatorial Piauí, empresa responsável pelo fornecimento de energia no estado, informou à TV Clube que a rede elétrica do bairro Catarina foi construída por terceiros, sem conhecimento da distribuidora e fora dos trâmites técnicos exigidos. Ainda assim, a empresa garantiu que enviará uma equipe ao local para planejar e executar as obras necessárias para regularizar a situação.
A tragédia
A tragédia no Parque Rodoviário ocorreu em 2019 e resultou na morte de duas pessoas: uma idosa de 70 anos, Maria das Graças Bacelar de Holanda, e uma criança de 4 anos, identificada como Josiel. Segundo o G1 Piauí, a enchente foi causada pelo transbordamento da lagoa de um clube desativado, que rompeu a rua utilizada como dique e invadiu as residências.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao menos 40 casas foram atingidas e cerca de 30 pessoas ficaram feridas.
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