
Um esquema de desvio de recursos públicos federais destinados à saúde na cidade de Picos (PI) é investigado pela Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Receita Federal.
Segundo a investigação, uma cooperativa sem capacidade técnica foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde, durante o período de 2021 a 2023.
Conforme a PF, o grupo criminoso combinava quem ganharia as licitações, porém fingiam que havia concorrência.
A apuração constatou também que os contratos eram superfaturados (valores acima do normal), e que o grupo criminoso desviava o dinheiro público usando empresas falsas e pessoas laranja (alguém que empresta o nome para esconder os verdadeiros donos de um negócio ou patrimônio).
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cidades do Piauí e do Ceará. O sequestro de bens e valores, no montante aproximado de R$ 3,5 milhões, foi determinado pela Justiça.
Até o momento foram apreendidos três veículos no Ceará, dois em Teresina (PI), quatro celulares e três computadores.
Para a PF, há indícios da atuação de servidores públicos, agentes políticos e empresários no esquema criminoso. Os investigados podem responder pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
Já a Receita Federal informou que a “análise e o cruzamento de dados fiscais de diversas pessoas físicas e jurídicas, realizados pelas equipes, permitiram identificar o patrimônio oculto dos investigados e contribuíram
para a apuração de indícios de lavagem de dinheiro”.
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