Influenciadoras são indiciadas por promover facção, tráfico e ostentar armas nas redes sociais
Um grupo de 19 mulheres usava plataformas para exibir armas, ostentar drogas e incitar violência
Mayrla Torres
Repórter
Publicado há 8 horas
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Prisão da influenciadora Lalazinha. (Foto: Reprodução)
Dezenove mulheres foram indiciadas por organização criminosa e apologia ao crime após a conclusão do inquérito da operação “Faixa Rosa”, deflagrada para desarticular um grupo que atuava principalmente nas redes sociais.
Segundo a investigação, elas exaltavam o tráfico de drogas, a violência armada e o estilo de vida ligado ao crime organizado, com foco em jovens e adolescentes.
A operação iniciou no dia 30 de abril com o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Após novas diligências, as prisões de 18 investigadas foram convertidas em preventivas. Uma das envolvidas segue foragida.
A Justiça autorizou a divulgação do material colhido pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), responsável pela investigação.
Entre as evidências estão áudios, vídeos, prints de mensagens e documentos que, segundo a polícia, demonstram o uso das redes sociais para a promoção da criminalidade.
“Os trechos demonstram com clareza não apenas a estrutura de comando e disciplina dentro da organização, mas também a tentativa de doutrinação criminosa, com uso explícito de códigos internos e linguagem própria da organização”, explicou o coordenador do Draco, delegado Charles Pessoa.
Conforme o delegado, o fenômeno representa um risco real para a juventude, especialmente para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
“Elas vêm utilizando as plataformas como vitrines do crime, promovendo uma estética violenta, banalizando a criminalidade e incentivando a adesão de jovens ao tráfico, à organização criminosa e ao confronto armado com o Estado”, afirmou.
Operação Faixa Rosa (Foto: SSP-PI)