As férias de julho chegaram e, com elas, muita gente aproveita para viajar e descansar da rotina de trabalho ou estudos. Mas você já pensou que, mais que isso, uma viagem é a oportunidade perfeita para adquirir aquela peça especial que falta no seu ambiente e que vai agregar a ele personalidade e autenticidade?

Trazer um pouco do local para onde você viajou pode ser uma ótima forma de transformar a atmosfera da sua casa. Contudo, planejamento é essencial. Antes de embarcar, faça um levantamento dos ambientes que precisam de renovação, fotografando e anotando as dimensões disponíveis. Isso evitará que você faça compras impulsivas de peças desproporcionais ou que não irão combinar com o que já existe no seu espaço.

Ainda como parte do planejamento, você pode pesquisar sobre a produção artesanal local do seu destino, o que servirá como direcionamento para sua compra. Além disso, considere as limitações práticas, uma vez que peças frágeis exigirão cuidados especiais no transporte; itens muito volumosos podem gerar custos extras de bagagem, caso esteja viajando de avião; e materiais orgânicos podem ser barrados pela legislação sobre importação.

Outra boa dica é valorizar a produção local e evitar réplicas industrializadas vendidas em lojas turísticas. Os itens artesanais são únicos e muito característicos de cada região ou país. Em destinos litorâneos, é rica a produção em fibras naturais e cerâmicas. Já nas cidades serranas, observe a criação de peças em madeira e texturas mais rústicas, as quais trarão a essência da natureza para sua casa. Cidades históricas se destacam em itens, obviamente, com história, como azulejos antigos ou móveis da época. E caso você visite um grande centro urbano, aproveite para conhecer o design contemporâneo ou garimpar em antiquários verificados.

É importante também integrar harmonicamente os novos itens com o que você já possui. Uma peça muito marcante, por exemplo, pode ser o ponto focal do ambiente, mas várias peças de origens diferentes que não combinem entre si podem criar poluição visual. Assim, uma escultura étnica, por exemplo, será valorizada se estiver bem posicionada e com uma iluminação adequada. Por sua vez, tecidos e tapeçarias podem ser emoldurados como quadros ou transformados em almofadas que dialoguem com os móveis existentes. O segredo está no equilíbrio.

Vemos, portanto, que decorar um espaço pode ir além da beleza, despertando conversas, evocando memórias e criando conexões emocionais. Quando cada objeto conta uma história, a casa ganha vida e personalidade, transcendendo tendências passageiras e criando ambientes únicos.