Durante a colação de grau do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), na noite dessa sexta-feira (18), em Teresina, familiares de Janaína Barbosa receberam um diploma simbólico em homenagem à jovem, que era aluna da instituição.

A estudante tinha 22 anos quando foi estuprada e assassinada em uma sala da UFPI enquanto ocorria uma calourada, em janeiro de 2023. O acusado de cometer o crime também era aluno da universidade, Thiago Mayson Barbosa, e foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão. No entanto, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Piauí em maio deste ano.

Estiveram na solenidade a mãe da vítima, Maria do Socorro Silva, o pai Adão Bezerra Nascimento, e outros familiares, que também participaram do descerramento da placa com a foto de Janaína.

Relembre o crime

Na madrugada de 28 de janeiro de 2023, durante uma festa de calourada no campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Teresina, Janaína da Silva Bezerra, estudante de Jornalismo de 22 anos, foi estuprada e assassinada em uma sala de estudo do curso de matemática.

O acusado, Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, era mestrando em matemática na mesma instituição. Segundo as investigações, durante a festa, Thiago convidou Janaína para a sala, onde cometeu os crimes. A jovem foi encontrada com sinais de violência sexual e estrangulamento.

Julgamento e condenação

Thiago Mayson foi preso em flagrante no dia do crime e, após investigações, foi indiciado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual. O julgamento ocorreu em 29 de setembro de 2023, após dois adiamentos.

O Tribunal do Júri condenou Thiago a 18 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de homicídio simples, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual. A qualificadora de feminicídio foi desconsiderada, resultando em uma pena menor.

Anulação da sentença

O Tribunal de Justiça do Piauí anulou a sentença que condenava Thiago Mayson pela morte de Janaína Bezerra, ocorrida em janeiro de 2023. A decisão foi tomada durante o julgamento do recurso de apelação apresentado pela defesa da vítima e pelo Ministério Público. Um novo julgamento será marcado, segundo a advogada Florence Rosa.

A defesa de Janaína conseguiu a anulação da sentença, argumentando que houve um erro na formulação dos quesitos apresentados aos jurados, o que resultou na condenação por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — em vez de feminicídio.

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