23 de julho de 2025

Caminhoneiros do lixo impedem garis de trabalhar em protesto contra salários atrasados em Teresina

O protesto ocorreu em frente à sede da empresa, localizada no bairro Tabuleta, zona Sul da capital.

Eduardo Amorim

Editor
Publicado há 15 horas

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Garis impedidos de trabalhar em protesto de caminhoneiros de lixo em Teresina (Foto: TV Clube)

Os caminhoneiros do transporte de lixo em Teresina impediram, na noite desta terça-feira (22), a saída dos garis da empresa Recicle/Aurora para o trabalho. O protesto ocorreu em frente à sede da empresa, localizada no bairro Tabuleta, zona Sul da capital.

Os trabalhadores denunciam atrasos salariais desde fevereiro de 2025, com uma dívida estimada em R$ 6,4 milhões. A paralisação ocorre poucos dias após a resolução da greve dos profissionais da limpeza urbana de Teresina, que também enfrentavam salários atrasados, mas retornaram às atividades após repasse da Prefeitura.

“A gente está na expectativa de que a empresa entre em contato com a gente e realize o pagamento. A Prefeitura está em dia com a empresa, que por sua vez não repassou os salários de março, abril e maio. Estamos nessa situação. É muito triste ter que fazer isso, mas é pelo bem de Teresina e também dos caminhoneiros”, declarou um dos manifestantes.

Os motoristas que conduzem os caminhões de lixo fazem parte do Consórcio EcoTeresina. Até o momento, a empresa não se manifestou sobre o protesto.

Primeiro protesto

Os condutores dos caminhões iniciaram a mobilização ainda nesta terça-feira (22), com um protesto em frente ao aterro sanitário de Teresina, no bairro Santo Antônio, zona Sul da cidade.

Caminhões paralisados em frente ao aterro sanitário de Teresina (Foto: Eric Sousa/ g1)

Ao todo, 74 caminhões, 20 veículos coletores compactadores e 28 ônibus deixaram de circular, o que já causa acúmulo de lixo em ruas, casas e bairros da capital. Os servidores estacionaram os veículos na entrada do aterro, bloqueando o acesso ao local.

O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresa de Asseio e Conservação do Estado do Piauí (SEEACEP), Jônatas Miranda, afirmou que a Prefeitura realizou o pagamento à empresa responsável, mas os valores não foram repassados aos trabalhadores.

“Foram R$ 4,8 milhões depositados na conta da empresa. A gente saiu de lá com tudo acertado e registrado em ata. Mesmo com todos os esforços, a empresa simplesmente não pagou. Quitou uma pequena parte e alegou que o valor não era suficiente para cobrir os encargos”, afirmou o sindicalista.

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