O presidente do grupo CEV, Rafael Lima, se manifestou pela primeira vez nesta segunda-feira (11) sobre a morte de Alice Brasil, de 4 anos. A criança morreu dentro do colégio após a queda de uma penteadeira e o caso é investigado pelo Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Rafael afirmou que pretende conversar com os pais da menina e que não havia se pronunciado antes em respeito à família. Segundo ele, o contato será feito assim que eles estiverem disponíveis.
“A gente quer chamar a família, o Cláudio e a Dayana, para que individualmente possamos conversar com eles e dar todo o nosso apoio e solidariedade. Todos os nossos funcionários estão sentindo”, disse.
O presidente contou que foi a primeira pessoa a chegar ao Instituto de Medicina Legal (IML) após saber do ocorrido, acompanhado de três psicólogos para prestar apoio. Ele afirmou que o colégio prestou todas as informações às autoridades, versão que contradiz o relato da mãe, que disse não ter recebido suporte da escola.
“Assim que retornamos do IML, a polícia já estava aqui e o espaço estava sendo vistoriado. As imagens foram entregues em menos de 24 horas para a polícia e estão disponíveis para a família desde quarta-feira”, afirmou.
Rafael disse ainda que tudo o que fez foi pensando no bem-estar da família de Alice e que participou do velório e do sepultamento de forma silenciosa. Ele acrescentou que também vai às missas em homenagem à criança.
“Nós queremos ter a oportunidade de falar com eles e pedir nosso perdão por essa fatalidade ter acontecido nessa escola, colocando à disposição tudo o que a gente puder fazer para apoiar”, declarou.
Tentativa de contato
Rafael afirmou que tentou contato com a família de diversas formas, mas que só haverá conversa após a missa de sétimo dia. Segundo ele, todos os outros pedidos foram respondidos com silêncio.
“Não consigo imaginar a dor que eles estavam sentindo e acredito que não era o momento de ir lá, enquanto velavam a filha. Então, não achamos adequado insistir, mas tudo o que foi solicitado sempre esteve à disposição”, disse.
Luto na escola
O presidente relatou que toda a escola está de luto, já que mil pessoas trabalham no local. Ele afirmou que nunca imaginou passar por uma situação como essa e que muitos estão em choque, alguns inclusive afastados.
“Nós acreditamos que é preciso respeitar o tempo de cada coisa. Qual seria a informação que a gente queria colocar para a imprensa? Estávamos muito preocupados em respeitar a família. A nota enviada à imprensa foi repassada à família antes”, afirmou.
Procedimentos
Rafael também informou que todos os procedimentos adotados após o acidente foram orientados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que manteve contato telefônico com a escola. Ele ressaltou que as medidas seguiram as orientações dos profissionais.
Emocionado, disse que a instituição vai adotar todas as providências necessárias para evitar que outro caso semelhante aconteça. “O que precisa ser feito para que a tragédia não se repita, tenho certeza que o grupo CEV e todas as pessoas que fazem parte dele não vão medir esforços para fazer”, concluiu.
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