
O presidente do Grupo Sama, Samuel Araújo, em entrevista à TV Clube, relatou as dificuldades enfrentadas pelos produtores de mel após a aplicação de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo ele, cerca de 40 mil famílias podem ter a renda comprometida diante dos embargos.
“O mel para o Piauí não é o mais importante em termos de números, mas é o mais inclusivo. Junto à cera de carnaúba, que nós também produzimos, representamos 5%. Isso significa 40 mil famílias”, explicou Samuel.
Ele afirmou que o pacote de ajuda anunciado pelo governo gera esperança, mas a demora na aprovação no Congresso provoca incerteza entre os produtores. “Esse pacote traz uma esperança, mas queremos entender como ele vai funcionar, porque somos uma cadeia muito sensível. A base dos nossos fornecedores é formada por agricultores familiares”, disse.
De acordo com o empresário, o impacto das tarifas ainda não chegou diretamente aos apicultores, mas às empresas. Por isso, defendeu a criação de um fundo de apoio específico para a categoria.
“Estamos tentando reacomodar os clientes e discutir alternativas para que o apicultor não seja penalizado. É uma forma de compensação, mas precisamos que o governo crie um fundo. Por enquanto, a empresa tem feito contenções”, relatou.
Além das barreiras comerciais, os apicultores do Piauí enfrentam a seca intensa, o que agrava a crise. A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) estima prejuízos de até US$ 50 milhões até dezembro, com queda na produção entre 35% e 40%.
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