
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) decidiu manter a prisão domiciliar da vereadora Tatiana Teixeira Medeiros e rejeitou o pedido de sua defesa para revogar a medida cautelar. O tribunal também negou a flexibilização do regime disciplinar diferenciado do companheiro dela, Alandilson Cardoso Passos, preso em Minas Gerais.
Tatiana Medeiros havia sido presa preventivamente em 3 de abril de 2025, mas, em junho, a prisão foi convertida em domiciliar após a apresentação de documentação médica que comprovou doença grave. A defesa buscava a revogação completa da medida, mas o TRE-PI entendeu que permanecem os fundamentos da prisão preventiva.
Na decisão, o tribunal destacou a existência de fortes indícios de falta grave. Segundo o processo, Tatiana e Alandilson foram flagrados se comunicando por chamadas de vídeo, mesmo estando presos em estados distintos. O episódio é investigado em procedimento próprio e reforçou a avaliação de que medidas menos severas seriam insuficientes para o caso.
“A manutenção da custódia se mostra necessária diante dos fortes indícios de violação das condições impostas, notadamente a comunicação indevida entre investigados, o que evidencia risco à instrução processual e à ordem pública. Não há possibilidade de aplicação de medidas menos gravosas diante das circunstâncias do processo”, diz trecho do documento.
Além disso, o processo principal já conta com a apresentação de defesa por parte de quase todos os acusados. O único que ainda não se manifestou é justamente Alandilson Cardoso Passos, companheiro de Tatiana.
Tatiana e Alandilson respondem por crimes eleitorais, organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Eleitoral sustenta que ambos integravam um esquema voltado para manipulação eleitoral e desvio de recursos.
Com a decisão, Tatiana permanece em prisão domiciliar com restrições, enquanto Alandilson segue em regime disciplinar diferenciado, medida aplicada devido à gravidade das condutas atribuídas.
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