O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) registrou um aumento de 116% nos casos de acidentes envolvendo choque elétrico em 2025, comparado o mesmo período do ano passado. Ao todo, de janeiro a julho foram realizados 13 atendimentos. Em 2024 foram apenas seis atendimentos.
O cirurgião plástico da Unidade de Tratamento de Queimados do HUT, Fabrício Viana, destacou à TV Clube que o número de casos pode ser ainda maior. Além disso, o tratamento para esses problemas tende a ser mais demorado e doloroso, podendo deixar sequelas e até amputações de membros do corpo.
“Muitas vezes os pacientes entram com outro CID [Classificação Internacional de Doenças] de queimaduras em geral, mas quando a gente vai tratar os pacientes, realmente, o motivo da internação é choque elétrico.
Entre as consequências do choque elétrico estão a catarata precoce, enxaqueca e quadros de convulsões. Ainda de acordo com o médico, nos últimos dois meses foi constatado aumento de vítimas, sendo crianças a maioria nesse acréscimo.
“Crianças de até 1 ano, três anos, 4 anos tentando mexer em tomadas, extensões, um amento desse tipo. Alguns casos de crianças também, por causa das férias, brincando com pipa perto da rede de alta tensão. Isso é muito grave, além dos acidentes de trabalho, houve um aumento das estatísticas nesses dois meses”, explicou.
Confira as dicas para ajudar alguém em situação de risco devido a um choque elétrico:
- A primeira medida a ser tomada é desligar a rede elétrica do imóvel e jamais tocar na vítima;
- Em casos de perigo com alta tensão, como em postes, deve-se manter distância mínima de 3 metros;
- Nas situações em que há queda de poste sobre um carro, a distância mínima de segurança recomendada é de 7 metros;
- Já os ocupantes do veículos devem permanecer dentro do automóvel enquanto aguardam a chegada do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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